Depois de duas temporadas no São Caetano (SP) – equipe pela qual conquistou duas medalhas de bronze na Superliga Feminina de Vôlei -, a oposto campeã olímpica e vice do Mundial, Sheilla, assinou com a Unilever (RJ), equipe comandada pelo técnico Bernardinho. E a estreia do time carioca na edição 10/11 da maior competição entre clubes do Brasil será justamente contra o antigo clube da jogadora. Nesta terça-feira, o São Caetano receberá a Unilever a partir das 21h, no ginásio Milton Feijão, em São Caetano do Sul (SP). A partida terá transmissão ao vivo do canal Sportv.
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– Isso faz parte do esporte. Joguei pelo São Caetano nas últimas temporadas e hoje defendo a Unilever. Enfrentar um ex-clube é uma situação normal. Além disso, o São Caetano foi completamente reformulado. Poucas jogadoras permaneceram no time -, contou Sheilla.
A oposto espera começar a Superliga com o pé direito.
– Tomara que a nossa estreia seja com vitória. Ainda vamos estudar a equipe do São Caetano. Jogar pela Unilever é a realização de um sonho. Espero que possamos fazer uma ótima temporada -, revelou a animada atacante.
Depois de defender a seleção brasileira na conquista da medalha de prata do Campeonato Mundial, Sheilla se apresentou a Unilever há pouco mais de uma semana. A jogadora falou sobre a motivação por trabalhar com Bernardinho e defender a camisa do clube carioca, hexacampeão da Superliga e medalha de prata na última edição do campeonato.
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– O Bernardo é um dos melhores profissionais do mundo e tenho muito para aprender com ele. No primeiro treino, as meninas perguntaram se eu conseguia entender o que ele estava dizendo em quadra, pois ele fala rápido. Entendi perfeitamente, pois também falo muito rápido desde pequena. A Unilever está entre as melhores equipes do Brasil, totalmente consolidada e com uma estrutura invejável. Esta, talvez, seja a edição mais equilibrada da Superliga. Os talentos estão bem distribuídos pelos times. Mas estou muito motivada. Sempre foi um desejo pessoal jogar na Unilever. Quero ser campeã e vou fazer de tudo para chegar à final -, disse.
Além de Sheilla, outra que deixou o São Caetano e transferiu-se para a Unilever foi a ponteira Mari. A jogadora, no entanto, só estreará pela equipe carioca na reta final da Superliga. Mari passou por uma cirurgia para reconstituição do ligamento cruzado do joelho direito e deve voltar às quadras em março.
Terceiro lugar na última edição da Superliga, a equipe do São Caetano passou por uma reformulação. Além de Mari e Sheilla, o time perdeu a também campeã olímpica Fofão e a cubana Regla Bell. O clube manteve apenas sete jogadoras no grupo. Entre as remanescentes, destaque para a ponteira Dayse, campeã mundial juvenil em 2003.
Técnico do clube paulista, Hairton Cabral assumiu a equipe nesta temporada. O treinador comentou o novo perfil do time.
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– Passamos por uma reformulação profunda. Perdemos o patrocinador e, com ele, jogadoras com nível de seleção brasileira. Agora estamos investindo em um time jovem. Vamos utilizar esta temporada para dar experiência ao grupo. Temos algumas atletas mais experientes, como a Dayse e a Ciça, que darão sustentação à equipe -, afirmou Cabral, que analisou o adversário da estreia.
– A Unilever é uma equipe muito forte. Tem uma excelente recepção, ótima distribuição de jogo e diferentes opções de ataque. É um time com equilíbrio entre todos os fundamentos -, completou o treinador do São Caetano.
O pontapé inicial na Superliga Feminina 10/11 foi dado neste fim de semana, com a realização de três jogos. No sábado (27.11), o BMG/Mackenzie (MG) venceu o clássico mineiro contra o Banana Boat/Praia Clube (MG) por 3 sets a 2 (26/24, 22/25, 20/25, 26/24 e 15/13). No domingo (28.11), o Sollys/Osasco (SP) superou o Brusque (SC) por 3 sets a 0 (25/17, 25/17 e 25/20) e o Macaé Sports (RJ) bateu o BMG/São Bernardo (SP) por 3 sets a 2 (25/23, 23/25, 25/23, 22/25 e 15/10).