O desembarque da delegação do Corinthians no Japão foi da maneira que, tradicionalmente, acontece onde a equipe viaja no Brasil, com funcionários do aeroporto mobilizados e alvoroço de torcedores à espera dos ídolos. A exceção foi o tratamento recebido por Emerson e Martínez na chegada em Narita.
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Enquanto todos os jogadores tiveram seus vistos checados e puderam ir às esteiras para retirar suas bagagens, a dupla foi levada para uma sala reserva do aeroporto. De acordo com um dos funcionários do clube, a polícia os levou apenas para uma checagem de rotina em seus pertences. Eles foram escolhidos aleatoriamente em meio aos inúmeros membros da delegação do Timão, composta por jogadores, comissão técnica, estafe e diretoria.
A reportagem perguntou a Emerson sobre a ida inesperada para a sala reserva, que respondeu:
– Nada demais, não foi nada – afirmou.
Questionado sobre um possível problema de entrada do atacante ao Japão devido aos julgamentos que acontecem na Justiça brasileira, o gerente de futebol Edu Gaspar rechaçou de imediato.
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– Não tem nada disso. Foi concedido o visto de entrada normalmente, como de todos os outros – lembrou.
A chegada dos representantes sul-americanos no Mundial de Clubes ocorreu nesta quinta-feira, às 17h20 (6h20 de Brasília). Visivelmente cansados após cerca de nove horas de viagem de Dubai (EAU) até o local onde será disputado o Mundial de Clubes, os jogadores receberam carinho de torcedores que moram no país e de outros que vieram do Brasil.
Mas o percurso ainda não estava 100% finalizado. O grupo do Timão pegou um ôninus até uma estação de trem próxima ao aeroporto de Narita. De lá, todos partiram de trem bala até a cidade de Nagoya, onde ficarão hospedados no luxuoso hotel Hilton. A viagem teve duração de cerca de 1h40.
Pela programação da comissão técnica, o primeiro treinamento em solo japonês acontecerá nesta sexta-feira, às 11h (0h de Brasília), no Wave Stadium Kariya. Será a única atividade do dia que, certamente, acontecerá ainda sob efeitos da dificuldade do fuso horário. Em Dubai, a diferença era de seis horas. No Japão, de 11 horas.
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Da noite de segunda-feira, quando saíram do CT Joaquim Grava apoiados por cerca de 15 mil torcedores, até a chegada ao hotel em Nagoya (JAP) foram nada menos do que 41 horas de viagem. Quase dois inteiros (que seriam mais se não fossem os fusos horários) pensando e vivendo em aeroportos e viagens, tudo com muito sono e apenas um treinamento, realizado na parada na cidade de Dubai.