Doze garçonetes norte-coreanas que fugiram da China para a Coreia do Sul há dois anos foram enganadas pelos serviços secretos sul-coreanos – garantiu, nesta sexta-feira (11), o homem que foi seu chefe, em declarações à televisão da Coreia do Sul.
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O regime norte-coreano afirma que as mulheres foram sequestradas, mas o governo sul-coreano sempre disse que foram por vontade própria.
Heo Gang-il, o responsável do restaurante norte-coreano de Ningbo, onde trabalhavam, afirma que foi recrutado pelos serviços secretos sul-coreanos para enganar as garçonetes e obrigá-las a ir para a Coreia do Sul.
“As 12 garçonetes não sabiam para onde iam”, disse Heo no programa JTBC’s Spotlight, um dos mais conhecidos da televisão sul-coreana. As mulheres se deram conta de seu destino final apenas quando chegaram aos portos da embaixada sul-coreana na Malásia, explicou.
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A chegada do grupo de garçonetes à Coreia do Sul, em abril de 2016, chamou atenção dos jornais e foi, na época, considerada a defecção mais importante em anos.
Alguns observadores suspeitam de que a falsa deserção foi orquestrada pela então presidente Park Geun-hye para tentar ganhar votos.
* AFP