



Eu, de Curitiba, ele morador da linda Ilha de São Francisco do Sul. Foi nessa cidade, que frequento desde criança, que conheci o amor da minha vida. Tinha 16 anos quando fui autorizada pelos meus pais a ir ao barzinho mais badalado daquela época na Prainha, o Surf Bar. A troca de olhares com o Mariano aconteceu na primeira noite que eu saí naquele verão de 2003. Por coincidência, acaso ou destino, fomos apresentados por um colega em comum, e posso dizer que foi atração à primeira vista para ambos. Assim como o primeiro olhar, a primeira conversa, o primeiro beijo e a primeira despedida foram tão inesquecíveis como todos os outros episódios que se sucederam. Durante um mês nos encontramos quase todos os dias. Da primeira vez, a história não subiu a serra. Foi apenas no outro verão, já em 2004, que voltamos a nos encontrar e não nos largamos mais. O pedido de namoro foi bem típico de verão, com uma aliança de coco comprada na feira hippie. Nosso ponto de encontro mais frequente era Joinville, onde tínhamos familiares e amigos. Foi apenas no meu aniversário de 18 anos que ele foi me visitar em Curitiba. O que nos mantêm firmes até hoje, além do amor, respeito e paciência, é a nossa história. Hoje estamos noivos, em busca de um lar para morar em Curitiba. Depois de muita resistência do Mariano, surfista que não queria deixar Santa Catarina, aqui está ele. Há 10 anos vivemos esse amor de verão.
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Bruna Linsmeyer Robassa, 26 anos, jornalista, de Curitiba
BENDITO CHIMARRÃO
Praia da Joaquina, 1996. Sol escaldante. De repente, um toque no meu ombro:
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– Oi. Desculpa chegar assim, mas eu posso te pedir um pouco de erva?
Um grupo de idosos começa a sussurrar e cogita chamar a polícia. Respondi de imediato que cederia, sim, um pouco de erva. Rapidamente explico ao grupo que me solidarizei com a beldade. A simpática turma de avós pede desculpas.
Mariana, 25 anos, residente no Hospital Universitário de Florianópolis. Eu, Marcelo, também 25, gerente de informática, de Porto Alegre. Ambos, por coincidência, nasceram em Joinville e adquiriram o hábito do chimarrão com os avós gaúchos. Eu retornaria ao Rio Grande do Sul no dia seguinte. Ela lamentou. No primeiro mergulho, puxo a mão dela. Ela cede. Vem correndo. Pergunto como uma médica tão linda poderia deixar um paciente ir embora no dia seguinte, sem ao menos prescrever uma maneira de amenizar a dor de uma despedida tão recente.
– Mas eu sou cardiologista. Cuidar do coração é o que mais sei fazer na vida.
Entre risos, o primeiro beijo. Gosto de erva-mate e mar da Joaquina. Inigualável. Combinamos um jantar logo mais à noite, o grupo de avós insiste em nos receber na casa alugada na Lagoa. Mariana se despede. Precisa voltar ao hospital. Eu cobro a prescrição. Ela tira da bolsa uma foto, assinada com vários beijos em formato de coração, um pacote de erva-mate e uma mensagem: “Leva contigo o meu coração. E bebe meus lábios no teu chimarrão. E que nunca esqueças de hoje, na Joaquina. Dos beijos da Mariana, tua menina.”
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Aquela manhã rendeu um breve namoro, pois, em seguida, ela se mudaria para o Canadá. E não há uma vez sequer, seja na Joaquina, ou “mateando” à tarde nos parques de Porto Alegre, que eu não lembre do mar. Da Mariana. Da Joaquina. Das vovós. E da minha saudade.
Marcelo Nobre, 41 anos, diretor-executivo de uma empresa de treinamento, de Porto Alegre

Eu e meu marido nos conhecemos em 30 de dezembro de 2001, em uma noite no Surf Bar, na Prainha, em São Francisco do Sul. Morando em cidades diferentes (Jaraguá do Sul e Mafra) namoramos à distância por quase seis anos. Nos casamos em maio de 2007 e viemos morar em Jaraguá, onde estamos até hoje. Tivemos o Davi, nosso filho, em junho de 2010. Essa é uma história de amor de verão que subiu e desceu a serra.
Ana Carolina Bornemann Silveira, de Jaraguá do Sul
BAILE DE CARNAVAL
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Veronica dos Santos Silva
AMOR EM ALTO MAR
Meu amor de verão começou em um navio. Ele trabalhava no shopping do navio e eu no restaurante. Um dia fui até o shopping com umas amigas e quando o vi foi amor à primeira vista. O nome dele é Caio e ele mora em Praia Grande, Santos (SP). Naquele momento não fiz nada , apenas fiquei com ele na cabeça e um dia o encontrei no corredor. Resolvi convidá-lo para uma festa na minha cabine e ele prontamente aceitou. Quando chegou na festa já passava das duas da manhã. Meu coração queria sair pela boca e começamos a conversar e nos entendemos muito bem. Como no navio um dia é um ano, foi tudo muito rápido, logo éramos o casal mais feliz , ele era um anjo quando saía do navio, sempre me levava um presente. Saímos em Buenos Aires, tivemos muitas luas-de-mel. Ele é um anjo, mas como era só amor de verão – acabou a temporada, desembarquei e até tentamos namorar via internet, mas não deu, pois ele estava na Grécia. O ciúme, que já fazia parte do nosso roteiro, complicou as coisas. Eu comecei a trabalhar em uma balada e isso dificultou mais ainda as coisas, mas sinto muitas saudades.
Jane Barreto Nunes, de Palhoça