A reportagem CBN Diário passou a semana trazendo detalhes sobre a presença de turistas na Capital. Na Praça XV de Novembro, um dos pontos mais conhecidos da cidade, era até difícil encontrar alguém que falasse português, na terça-feira de Carnaval.
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Bem, para bastante gente, a rotina de trabalho já voltou. Para outros, o retorno é na próxima semana. Só que, para o setor turístico, a temporada de verão terá mais um mês e meio. A Páscoa será no final de março, e nos dias anteriores, é esperada uma presença maciça de uruguaios, que tiram sete dias de descanso durante esta época. João Eduardo Moritz, da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Santa Catarina, já comemorava os números de janeiro, que superaram a expectativa do setor hoteleiro, de 80% de ocupação.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Santa Catarina deve divulgar números atualizados na semana que vem. Em Balneário Camboriú, onde um milhão de pessoas passaram o Réveillon e uma quantidade semelhante curtiu o Carnaval, as vendas cresceram 20%, em relação ao mesmo período, ano passado. O comerciante Sami Mohamed Bayur diz que os turistas estrangeiros estão gastando mais do que os vêm de outros pontos do país.
Também já foram apresentados dados sobre o Carnaval em outras cidades catarinenses. Em São Francisco do Sul, foram 200 mil visitantes. Em Laguna, os números foram surpreendentes: cerca de um milhão de pessoas curtiram os dias de folia no município, segundo estimativas da Polícia Militar. Porém, nem tudo foi boa notícia: tivemos os problemas de balneabilidade – no último relatório, por exemplo, 41% dos pontos analisados pela Fundação Estadual do Meio Ambiente estavam impróprios para o banho. Na Capital, o índice alcançou 45%. O surto de virose na cidade no início deste ano e o crescimento no número de casos de dengue podem colocar uma interrogação na cabeça das pessoas que pensam em vir para Santa Catarina. Um encontro entre prefeitos das principais cidades turísticas com este setor, no mês passado, já houve um comprometimento das autoridades em investir para melhorar o saneamento básico. O secretário estadual de Turismo, Filipe Mello, acredita que a intensa movimentação de pessoas pode servir como base para tentar melhorar a estrutura, na próxima temporada.
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