Hotéis e restaurantes de Florianópolis enfrentam dificuldades para encontrar profissionais dispostos a assumir as vagas temporárias de verão na região.
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De acordo com Tarcísio Schmitt, presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Florianópolis, a defasagem chega a 15% na época de alta temporada. Mas o fênomeno não é novo: há alguns anos, a Ilha sofre para conseguir funcionários.
– Falta gente especializada, que tenha experiência na função – afirma.
De acordo com o Sistema Nacional de Emprego (Sine), há cerca de 860 vagas em aberto na Grande Florianópolis hoje.
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Para Anésio Schneider, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Turismo, Hospitalidade e de Hotéis, Restaurantes, Bares e Lanchonetes da Grande Florianópolis (Sitratuh), o setor tem enfrentado um apagão de mão de obra nos últimos anos.
Há casos de hotéis da região da Grande Florianópolis que estão recorrendo a carros de som nos bairros para chamar os trabalhadores. Para o presidente, as causas por trás da falta de candidatos seriam principalmente a carga horária excessiva, os salários baixos e o desvio de função.
– Os profissionais migram para outros setores, como construção civil e comércio – diz Schneider.
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Ele afirma que em Florianópolis, o piso salarial é de R$ 875 para garçons e atendentes em bares, restaurantes e hotéis. Em Balneário Camboriú, o valor sobe para R$ 1.180. Para evitar a migração, as cidades de Navegantes, Itajaí, Barra Velha, Piçarras, Camboriú e Penha, aumentaram o piso para o mesmo valor, segundo Olga Ferreira, presidente do sindicato dos empregados do setor na região.
Schmitt não acredita que a Grande Florianópolis esteja perdendo mão de obra para Balneário Camboriú. De acordo com ele, grande parte dos estabelecimentos pagam acima do piso para manter os funcionários.