A chegada do frio a Santa Catarina traz também as preocupações com a infraestrutura para o setor turístico. Se a região progrediu na oferta de culinária típica de qualidade e conta com eventos para atrair visitantes, como a Festa do Pinhão, em Lages, por outro lado ainda necessita de investimentos na hotelaria.
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Atualmente, existem cerca de 3 mil leitos na Serra Catarinense, mas as cidades mais frias de SC chegam a receber 30 mil turistas somente em julho, o mês mais procurado por causa das férias escolares.
– Quando se divulga a possível ocorrência de neve, isso gera uma demanda de visitantes do Brasil inteiro. Dificilmente é possível atender bem todas as pessoas, mas a oferta está melhorando – observa o presidente do Convention & Visitors Bureau, Pedro Paulo Goulart da Silva.
O prefeito de Urupema, Amarildo Luiz Gaio, também acentua a falta de leitos. Segundo ele, o setor hoteleiro do município, que é tem de 200 a 220 leitos, fica lotado, e depende da infraestrutura das cidades vizinhas.
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– Recebemos turistas do Brasil inteiro e até do exterior. Tentamos trazer gente de fora para investir. Ao mesmo tempo, estamos preparando a nossa população para quando o investidor chegar – afirma Gaio.
Os municípios da região só conseguem dar conta da recepção com o sistema de hospedagem alternativo: moradores que recebem turistas. Segundo Goulart da Silva, as prefeituras trabalham para profissionalizar os serviços.
Para fidelizar os turistas, o Convention & Visitors Bureau criou o passaporte Serra Catarinense. Um cartão de descontos e bônus para usufruir na região. Um exemplo seria nas visitas às vinícolas, ao qual daria direito à degustação de vinho. A ideia é distribuir as primeiras 10 mil unidades em junho ao custo de R$ 25.
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O frio que chegou com força a Santa Catarina continuará nos próximos dias. A previsão é de que as roupas pesadas sejam acessório obrigatório, pelo menos até o fim de semana, quando deve esquentar.