Os agentes artísticos e culturais catarinenses querem conversar com o governo estadual. Na pauta, estão reivindicações como a garantia da realização dos editais Elisabete Anderle e de Cinema 2015 (o Elisabete Anderle em curso atualmente é o do ano passado) e a criação de uma secretaria própria, dissociada do Turismo e do Esporte – o que diverge da postura do atual secretário Filipe Mello.
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No início do mês, uma carta com estas e outros propostas em nome do movimento SOS Cultura foi entregue ao governador Colombo, com cópias para o secretário; a presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Maria Teresinha Debatin; a presidente do Conselho Estadual de Cultura (CEC), Mary Elizabeth Benedet Garcia; e o diretor administrativo da FCC, Nilo Sergio Silvy.
Sete representantes de entidades de classe subscrevem o documento – acompanhadas por 1.114 assinaturas coletadas em petição online – solicitando um encontro para “abertura de diálogo” com o Executivo.
– A intenção é viabilizar a construção de uma política cultural de Estado – diz a presidente da Associação de Arte Educadores (AAESC), Maria Lucila Horn (veja propostas abaixo).
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Outro signatário, Pedro MC, do Fórum Setorial Permanente do Audiovisual de Santa Catarina, assumiu a presidência da Cinemateca Catarinense em fevereiro com uma tarefa imediata e um desafio. A primeira era indicar o novo titular para a câmara de cinema e vídeo no CEC, após a renúncia de Fabio Brüggemann. O escolhido foi Carlos Eduardo Sommagio, do Catarina Criativa, programa lançado em 2013 para auxiliar empresas de economia criativa na elaboração de novos produtos por meio de oficinas, consultorias, cursos e transferência de tecnologia. O segundo é conscientizar o poder público da importância – inclusive econômica – do setor.
– O audiovisual é uma indústria limpa, eficiente e transversal na cadeia produtiva, criando serviços e fomentando uma diversidade de outras indústrias – destaca Pedro.
Na última quinta-feira, representações do segmento reuniram-se com Maria Teresinha e o secretário adjunto da SOL, Jaime Moura, para discutir a elaboração de um programa de desenvolvimento do audiovisual catarinense. Caberá à Cinemateca levantar os indicadores da atividade e munir o governo para ajudá-lo a implantar o Plano Estadual de Cultura.
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Conforme o dirigente, no final de abril também deve ser lançado o tão esperado edital de cinema. Um edital mais atualizado, com mais recursos, ficará para 2016.
– Estamos fazendo nossa parte, apresentando as demandas do setor para o governo, que se mostra disposto a executá-las. As perspectivas iniciais são bem animadoras – conta Pedro.
Propostas do SOS Cultura SC
? Implementação do Sistema Estadual de Cultura e do Plano Estadual de Cultura;
? Criação da Secretaria de Cultura de Santa Catarina, com dotação orçamentária própria e corpo de funcionários concursados;
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? Revisão do papel do Conselho Estadual de Cultura (CEC);
? Garantia de realização dos editais de cultura Elisabete Anderle e de Cinema, edição 2015;
? Revisão do Sistema Estadual de Incentivo à Cultura, Turismo e Esporte (Seitec);
? Esclarecimentos a respeito dos critérios utilizados para custear projetos não aprovados pelo CEC;
? Esclarecimentos do por que da não liberação de recursos para alguns projetos analisados e aprovados pelo CEC, previstos na dotação orçamentária;
? Implementação do Curso de Graduação em Dança nas cidades de Joinville e Florianópolis;
? Respostas às solicitações enviadas pelo CEC.