Florianópolis confirmou o sétimo caso de dengue nesta terça-feira. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o paciente é um homem de 39 anos, morador do bairro Agronômica, e passa bem. Foram feitas ações para bloqueio da transmissão da doença na região. Equipes do Centro de Controle de Zoonoses também fizeram visitas num raio de 150 metros da residência e do local de trabalho do infectado com objetivo de orientar as pessoas a eliminar água parada.

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De acordo com acompanhamento da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), todos os casos registrados na Capital até o momento são autóctones, ou seja, tiveram transmissão dentro do Estado. Apesar de terem sido infectados em Florianópolis, dois dos sete pacientes moram em São José e em Biguaçu. Nesse sentido, a avaliação da secretaria municipal é de que os casos foram exportados, pois é feita apenas a análise do recorte de Florianópolis.

Ainda de acordo com a secretaria, outros 69 casos estão sendo investigados. Calcula-se que, atualmente, Florianópolis possui 550 focos com larvas do mosquito. Conforme a Dive/SC, a capital é um dos 77 municípios do Estado considerado infestado pelo inseto transmissor da dengue.

Segundo a prefeitura, em todos os casos suspeitos, equipes da vigilância em saúde estão coletando dados para a Pesquisa Vetorial Específica, que busca recolher informações, vistoriar possíveis criadouros do mosquito para eliminar a água parada e orientar os moradores sobre os cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Situação no Estado

Desde dezembro do ano passado até o dia 9 de março deste ano (data do último boletim), a Dive/SC já confirmou 27 casos de dengue no Estado. Metade deles (14) são autóctones, ou seja, foram transmitidos dentro do Estado.

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Conforme o levantamento, em relação ao último relatório, houve aumento de três casos contraídos dentro do Estado e quatro importados. Ano passado, neste mesmo período, apenas cinco casos haviam sido confirmados.

De acordo com o relatório, os 14 casos contraídos dentro do Estado tem como possível local de transmissão Florianópolis, Itapema (3), Itajaí (2) e Joinville (1). Dois casos estão com local indeterminado. Um novo levantamento deve ser divulgado ainda nesta semana.

Já os pacientes que contraíram a doença fora do Estado são moradores de Blumenau, Brusque, Florianópolis, Joinville, Palmitos, Santo Amaro da Imperatriz, Seara e Xanxerê. Segundo a Dive/SC, os locais de possível transmissão são São Paulo, Pará, Acre, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

No mesmo período, a Dive registrou notificação de 763 casos da doença. Desse total, 400 já foram descartados, outros 324 seguem sob investigação e 12 estão inconclusivos. Na comparação com o mesmo período de 2018, quando foram notificados 556 casos, observa-se um aumento de 37%.

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