As autuações de trânsito feitas pela Guarda Municipal de Trânsito de Blumenau por meio das câmeras de monitoramento da Polícia Militar estão suspensas em Blumenau. A informação foi confirmada à reportagem pelo presidente do Seterb, Carlos Lange, na noite desta quinta-feira.
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Segundo Lange, a determinação ocorre por conta da lei municipal sancionada pelo prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) no último dia 13 determinando que o Seterb forneça aos motoristas flagrados a imagem do delito. Caso não o faça, diz a própria lei, o condutor que recorrer tem o direito a ter a infração anulada.
— Teremos que fazer alguns ajustes com equipamentos e programa para operacionalizar o atendimento das determinações legais — explica o presidente.
Entre os ajustes, complementa Lange, será preciso passar a usar algum programa que anexe as imagens às notificações, além de computadores. Ele diz ainda que o Seterb está avaliando qual o investimento a ser feito, e que como as imagens são compartilhadas com a PM, “há necessidade de uma interação com a corporação para saber quais são as demandas específicas para, então, se ter a dimensão dos valores”.
Um mês de funcionamento, 148 infrações flagradas
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A iniciativa de autuar motoristas por meio de videomonitoramento foi feita através de um convênio entre Seterb e Polícia Militar em Blumenau. O trabalho pretendia melhorar o trânsito na cidade e penalizar os condutores que cometem infrações sem acreditar que ninguém está vendo.
Vinte e uma ruas de Blumenau foram sinalizadas com placas para que indicassem a presença das câmeras. No primeiro mês de funcionamento — de 2 de maio a 2 de junho — a Guarda flagrou e autuou 148 infrações de trânsito, uma média de cinco por dia.
Já com o sistema em funcionamento, o vereador Jovino Cardoso (PSD) criou um projeto de lei que obriga que as autuações sejam acompanhadas por foto provando a infração. A partir do momento em que a lei foi sancionada — em 13 de junho — os registros de infrações deixaram de ser feitos, explica Carlos Lange.
Na época da sanção, o próprio prefeito Napoleão Bernardes disse que era preciso encontrar “uma saída técnica ou jurídica” para adequar a legislação.
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