Dois meses depois de anunciar o reajuste na passagem de ônibus, os usuários do transporte coletivo em Blumenau foram surpreendidos com uma nova possibilidade de aumento. Na última sexta-feira o Consórcio Siga encaminhou ao Seterb uma planilha com novos custos e pediu a readequação do atual valor da tarifa. Se aprovada, a passagem pode custar até R$ 3,40, aumento de 3,03% com relação aos R$ 3,30 pagos atualmente.
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::: Consórcio Siga esclarece pedido de revisão da tarifa
De acordo com o Seterb, o Siga justifica o pedido de reajuste alegando três fatores: início da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), aumento do diesel e os custos extras com a implantação de segurança privada nos seis terminais da cidade.
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O presidente do Seterb, Erivaldo Caetano Junior, o Vadinho, afirma que o acréscimo por conta da Cide seria de R$ 0,07, os outros ainda estão em análise. Nos próximos dias o setor técnico do órgão avalia o documento e só depois encaminha para a aprovação do prefeito Napoleão Bernardes.
– É cedo para afirmar se o pedido é ou não abusivo. Estamos estudando e só depois desse processo poderemos afirmar com certeza de quanto será o reajuste da tarifa – afirma Vadinho.
O assessor do Sindicato dos Empregados do Transporte Coletivo de Blumenau (Sindetranscol), Ricardo Freitas, se mostrou contrário ao aumento:
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– É um absurdo, isso sim. Eles alegam prejuízos, aumento de custos, mas não conseguem sustentar essas afirmações. O reajuste não tem justificativa concreta.
Vadinho não estipulou um prazo para o término da análise do pedido feito pelo Siga.
Audiência marca um mês do fim da greve
Representantes do Seterb, Siga e Sindetranscol se reuniram nesta terça-feira à tarde no Ministério Público do Trabalho, em Florianópolis. A audiência serviu para avaliar o andamento das medidas de segurança reivindicadas pela categoria durante os dois dias de greve do serviço em Blumenau.
Segundo Freitas, o Seterb pediu para que duas das sete propostas fossem revistas:
– Pediram para que as estações de pré-embarque abrissem mais cedo e que as linhas circulares fossem revistas, mas nenhum dos dois pedidos foram acatados.
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Segundo o Seterb alguns usuários estariam sendo prejudicados com essas mudanças, mas nada concreto foi apresentado ao Ministério Público e, por isso, as medidas seguem vigorando normalmente.