Estamos no mês de conscientização contra o suicídio, cuja campanha nacional recebeu o nome de “Setembro Amarelo”. Em todo o país estão sendo organizadas ações para trazer à discussão os motivos desta triste realidade. O número de pessoas que tiram a sua própria vida é absurdo. Segundo a Organização Mundial de Saúde ocorrem cerca de 800 mil suicídios por ano. Isso significa um a cada 30 segundos. No mundo todo, a taxa geral de mortes por suicídio é de 11,4 pessoas para cada 100 mil. E, pior: para cada pessoa que tira a própria vida, existem pelo menos outras 20 que tentaram mas não conseguiram consumar o ato, diz a OMS. Apesar de a maioria dos suicidas pertencer à faixa etária acima dos 70 anos, é na faixa de 15 a 29 que os números mais impressionam.
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Entre as ações previstas para Santa Catarina durante o Setembro Amarelo destaca-se a extensa programação da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), por meio da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades. Até o dia 28 serão realizadas oficinas, mesas-redondas e palestras com pesquisadores e profissionais de referência nacional no assunto. Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público em geral. A programação muda a cada dia e pode ser acessada pelo site www.saad.ufsc.br. Para esta segunda-feira, dia 10, além das oficinas do início da tarde, está prevista a palestra Estratégias de Prevenção de Suicídio, ministrada por Neury José Botega, que na sequência lançará seu novo livro “A tristeza transforma, a depressão paralisa – um guia para pacientes e familiares”. Botega é médico, com pós-doutorado em Saúde Mental em Londres e professor na Unicamp.
A campanha Setembro Amarelo foi criada pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) em 2015, em parceria com o Conselho Nacional de Medicina e a Associação Brasileira de Psiquiatria. O objetivo é informar as pessoas sobre suicídio, uma prática que na maioria das vezes pode estar associada à dificuldade de lidar com frustrações, bullying, pressões sociais, falta de atenção, depressão, ansiedade e questões sobre a sexualidade. O assunto ainda é um tabu para a sociedade, mas precisa de bastante atenção e, principalmente, de diálogo, para que as pessoas conquistem o equilíbrio emocional com tratamentos especializados, se for o caso. Este ano, a maior preocupação é com o aumento do número de adolescentes com tentativas de suicídio. É preciso reforçar a importância dos pais permanecerem atentos e cuidarem da saúde mental dos seus filhos, assim como cuidam de outros aspectos da vida do adolescente.
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