O nono mês de 2022 está praticamente na metade e muita gente já pensa em outubro, mas a campanha de prevenção ao suicídio e que tem seu ápice em setembro ainda está longe de terminar. O Setembro Amarelo se faz cada dia mais necessário assim como a continuidade de suas ações em todos os meses do ano.

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De acordo com a OMS, mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio anualmente no mundo, sendo a quarta maior causa de óbitos entre jovens de 15 a 29 anos de idade. No Brasil são, em média, 14 mil suicídios por ano — cerca de 38 pessoas tiram a própria vida, por dia, no país.

Dados do Ministério da Saúde mostram que entre 2010 e 2019, 112.230 pessoas morreram por suicídio. Houve um aumento de 43% no número anual de mortes, passando de 9.454 em 2010, para 13.523 em 2019.

Em 2022, o lema do Setembro Amarelo é “A vida é a melhor escolha!”. Segundo a psiquiatra e professora, Maria Aparecida Fontana, em entrevista à CBN Joinville muitas pessoas envolvidas em suicídio não desejam tirar a própria vida, mas se encontram desesperadas.

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– A pessoa está desesperada, desesperançada e não consegue enxergar uma saída. Ela não deseja se suicidar e sim apenas fugir daquilo que está vivendo – disse.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística – IBGE, entre jovens de 11 a 20 anos, houve um aumento de casos de 49,6% no período entre 2014 e 2019, com considerável elevação durante a pandemia de Covid-19. Nesse contexto, Maria Aparecida destaca que é preciso olhar para as crianças sabendo que eles também estão sujeitos a doenças mentais.

– Muitas vezes as pessoas têm a ideia errada de que crianças não têm doença mental. Estudos mostram que 25 a 35% das pessoas que têm depressão na idade adulta tiveram a doença ainda criança e muitas vezes isso não é diagnosticado – destacou a psiquiatra.

Ouça a entrevista completa com a psiquiatra Maria Aparecida Fontana:

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