Após seis meses de investigação o Grupo de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) de Criciúma prendeu, nesta segunda-feira, sete pessoas que fraudavam documentos para desviar dinheiro da prefeitura de Içara, no Sul do Estado.
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As irregularidades aconteciam desde 2010 e os acusados, dos quais quatro são funcionários públicos da administração, dois empresários, e um faz parte de um partido político local, foram presos temporariamente por um período de cinco dias.
De acordo com o coordenador do GAECO, promotor de Justiça Maurício de Oliveira Medina, o desvio de dinheiro público acontecia em um esquema que envolvia os funcionários públicos responsáveis por cargos importantes na prefeitura e donos de empresas que prestavam serviços ao município.
– Pela facilidade dos cargos que ocupavam esses agentes fraudavam documentos e licitações em troca de comissão paga pelos empresários – explica o promotor. Para viabilizar a liberação do dinheiro os acusados fraudavam documentos para a execução de obras ou prestação de serviços que nunca foram feitos.
Segundo o Ministério Público essas ações eram praticadas em pastas como Finanças, Educação, Obras e Saúde. O delegado Airton Ferreira da Silva informou que as investigações indicam que os crimes aconteciam há dois anos. Os prejuízos aos cofres públicos do município ainda não foram calculados e além dos sete acusados presos várias outras pessoas faziam parte do esquema e também pode ser indiciadas pelos crimes de corrupção, peculato e fraude.
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– Usamos de todos os recursos disponíveis e autorizados pela Justiça e a investigação deve durar pelo menos mais 40 dias – afirma o delegado.