As sete pessoas presas em flagrante, na manhã desta terça-feira com um caminhão roubado, foram autuadas por roubo majorado, receptação qualificada e associação criminosa. Dois dos suspeitos ainda responderão por posse de drogas e porte ilegal de arma. Entre os presos está uma mulher e o filho dela. Todos foram encaminhados ao Presídio Regional de Joinville.

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A Polícia Militar abordou a quadrilha em um galpão na rua Bento Torquato da Rocha, no Vila Nova, onde estava escondido o caminhão e o motorista do veículo era mantido como refém. No momento da abordagem policial, os suspeitos tiravam a carga do caminhão – com eletrônicos, eletrodomésticos e pares de tênis – e colocavam em outro veículo. A carga está avaliada em R$ 600 mil. O motorista foi encontrado de olhos vendados e com as mãos amarradas.

A articulação criminosa foi descoberta quando a PM conseguiu rastrear o caminhão tomado de assalto na Rodovia do Arroz. Os suspeitos ainda tentaram fugir pelos fundos do galpão, mas foram interceptados pelos policiais. Com eles foram encontrados um revólver calibre 32 e uma pistola .40.

Para render o motorista e não correr o risco de ser surpreendida pela polícia, a quadrilha usou um recurso pouco comum nesse tipo de crime: um bloqueador de sinal de rastreamento foi instalado na entrada do isqueiro do caminhão, impedindo que o satélite da empresa de monitoramento identificasse o GPS do veículo.

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-Talvez em função de uma falha na bateria, o bloqueador falhou e o sinal do rastreador voltou por alguns segundos. Foi o suficiente para identificarmos a latitude e longitude do veículo, que nos levou até o galpão – conta o sargento da PM, Emir Morbis.

Além da carga roubada na manhã desta terça-feira, a polícia ainda encontrou mercadorias levadas de outro caminhão, há cerca de dois meses. As semelhanças no modus operandis das duas ocorrências levantaram suspeitas de que a quadrilha tenha agido em mais oportunidades.

O flagrante foi lavrado pelo delegado de plantão na Central de Polícia, Douglas de Cinque. Uma cópia dos autos foi solicitada pelo delegado Jeferson Prado Costa – coordenador da Divisão de Investigação Criminal – para dar continuidade na investigação do caso.