Sete pessoas morreram nesta terça-feira (19) por falta de oxigênio no interior do Amazonas. A informação foi divulgada pela prefeitura do município de Coari, distante 363 quilômetros de Manaus. Na nota, administração municipal manifesta “desagrado e repúdio” à Secretaria de Estado e Saúde, a qual acusa de reter por duas semanas cerca de 200 cilindros de oxigênio pertencentes ao hospital onde as vítimas morreram.
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Segundo a nota, a maioria dos cilindros retidos do Hospital Regional de Coari aguarda abastecimento, enquanto outra parte teria sido distribuída às Unidade Básicas de Saúde de Manaus.

O envio de 40 cilindros teria sido confirmado pela Secretaria de Saúde na segunda-feira (18). Os insumos, contudo, não chegaram a Coari. O voo com os materiais teria passado direto para a cidade de Teté, ficando impossibilitado de voltar ao município onde o aeroporto não opera voos noturnos.
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O Amazonas vive uma crise com a falta de oxigênio e alta nos casos de Covid-19. O Estado já registrou mais de 232 mil infectados e 6,3 mil mortes pelo novo coronavírus. Um dos pontos críticos é a falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes em estado grave.
O estado desativou 85% dos leitos de UTI do SUS criados entre fevereiro e julho de 2020 para atender pacientes com a covid-19. O dado é de um levantamento do Instituto Votorantim com base em dados da Secretaria de Saúde do Amazonas.
Para conter a pandemia, um decreto suspendeu as atividades econômicas não essenciais em todo o estado até o dia 31 de janeiro. A circulação das pessoas também foi regulamentada, ficando restrita entre 19h e 6h.
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