Sete pessoas, incluindo um brasileiro, morreram devido aos incêndios que atingem o entorno de Aveiro, na região central de Portugal, segundo a agência de notícias estatal portuguesa Lusa divulgou nesta terça-feira (17). Outras 40 pessoas ficaram feridas e dezenas de casas foram destruídas. As informações são do g1.
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O brasileiro que está entre as vítimas tinha 28 anos e trabalhava em uma empresa de gestão florestal, segundo o jornal português “Público”. De acordo com a publicação, a vítima tinha sido enviada ao município de Albergaria-a-velha para recuperar maquinários quando o fogo consumiu a área onde ele estava.
Também morreram três bombeiros cujo carro em que estavam foi engolido pelas chamas quando trabalhavam em Tábua, perto de Coimbra. Os outros três mortos eram moradores da região de Aveiro.
Além dos quatro mortos, 40 pessoas ficaram feridas, e dezenas de casa de povoados no entorno de Aveiro foram destruídas. Moradores despejaram baldes de água em chamas que avançavam perto da cidade de Nelas, a 50 quilômetros de Aveiro, numa tentativa de conter o fogo.
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Incêndios ativos e clima seco
Somente nesta terça, o país registrava 48 incêndios ativos, e mais de 5 mil bombeiros tentavam controlar o fogo.
As temperaturas ultrapassaram 30°C em todo o país no fim de semana, quando os incêndios começaram e foram alimentados por ventos fortes. Portugal ainda tem previsão de clima seco e calor intenso nos próximos dias e, com essas condições, o perigo de incêndios permanecerá “alto, muito alto ou máximo” nas regiões norte e centro, conforme a agência meteorológica IPMA.
O governo solicitou na segunda-feira ajuda da Comissão Europeia sob o mecanismo de proteção civil da União Europeia, levando Espanha, Itália e Grécia a enviarem duas aeronaves de bombardeio de água cada.
Só em Aveiro, o fogo já consumiu mais de 10.000 hectares de floresta. O comandante nacional de emergência e proteção civil, André Fernandes, disse na segunda-feira à noite que esse número pode dobrar.
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A região onde fica o povoado, no centro de Portugal, é a mais crítica da onda de incêndios que atinge o país europeu nesta semana. Várias rodovias foram fechadas nesta terça, incluindo um trecho da estrada principal que liga Lisboa a Porto, e conexões de trem em duas linhas ferroviárias no norte de Portugal foram interrompidas por conta da proximidade com dois focos ativos de incêndios florestais.
Apesar da intensidade das chamas, Portugal e a vizinha Espanha registraram menos incêndios do que o normal para esta época por conta de um ano chuvoso em ambos os países. No entanto, ambos estão mais vulneráveis às condições cada vez mais quentes e secas que cientistas atribuem ao aquecimento global.
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