Sete escolas foram alvo de furto ou vandalismo este ano em Blumenau

Os alunos da Escola Básica Municipal Tiradentes receberam os professores no portão na manhã desta terça-feira. Ainda que fosse o Dia do Professor, a intenção dos estudantes não era uma homenagem. Era para diminuir o susto. A sede da escola que atende 220 crianças até oitava série amanheceu marcada pela falta de respeito.

Três lixeiras e o cano que leva água para o banheiro feminino foram queimados. Tinta foi espalhada no chão. No refeitório, nos muros e nas paredes dos corredores, garranchos agrediam a tinta ainda nova de reforma. A escola foi alvo do vandalismo pela segunda vez em menos de 15 dias.

Veja as escolas municipais que foram alvo de bandidos este ano em Blumenau

Essa foi a sétima ocorrência neste ano em escolas municipais. A pintura foi feita em mutirão de professores há três meses. Em um mural no refeitório – espaço mais atingido pelos vândalos – fotos mostravam a situação antes e depois do esforço coletivo. A Escola Tiradentes funciona na Rua Floriano Peixoto, Jardim Blumenau, em um espaço cedido pelo governo estadual. O educandário teve que se mudar depois que a sede na Rua Leopoldo Kuhn, no Vorstadt, foi destruída por deslizamentos em novembro de 2008.

A secretária de Educação, Helenice Luchetta, afirma que não há previsão para a construção de uma nova sede para Escola Tiradentes porque há dificuldades para encontrar um terreno na região. A diretora da instituição, Flávia Regina Kuhn de Oliveira, conta que em sala de aula os alunos aprendem a preservar o espaço em que estudam:

– A maioria dos alunos é carente e fizemos o mutirão de reforma para estudarem num ambiente bonito e bem cuidado. É de chorar – lamentou.

Flávia revela que não há segurança no período noturno na escola e ainda comenta que os muros baixos facilitam a invasão. Helenice explica que a Escola Tiradentes possui alarme e que, quando o som dispara, a empresa de seguranças encaminha um agente ao local. Porém, os vândalos agiram em espaços que não têm sensores.

A polícia explica que nem todas as escolas lesadas por vandalismo ou furto registram boletim de ocorrência. Alerta que este processo ajuda muito na investigação dos responsáveis.

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