Em Porto Alegre, o tradicional desfile de 7 de Setembro começou às 10h deste sábado, com hasteamento das bandeiras pelo governador Tarso Genro, o comandante militar do Sul, general Carlos Bolivar Goellner, e o prefeito José Fortunati. Cerca de 10 mil pessoas, conforme a Brigada Militar, acompanharam o desfile. Outras 4,8 mil, entre civis e militares, passaram pela avenida.

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Em função do evento, ruas e avenidas da área central da Capital foram bloqueadas durante a manhã e o início da tarde de sábado. Ao todo, 38 grupamentos de diversas entidades participaram da celebração dos 191 anos da Independência do país.

Entre os grupos, estavam representantes da Liga de Defesa Nacional e estudantes dos colégios Militar e Tiradentes. O desfile contou, ainda, com as tradicionais representações da Marinha, do Exército, da Força Aérea Brasileira, da Polícia Rodoviária Federal, da Brigada Militar, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, da Empresa Pública de Transporte e Circulação e da Guarda Municipal da Capital.

Protestos

As manifestações, que começaram tranquilas em Porto Alegre, terminaram por volta do meio-dia em atos isolados de vandalismo. Duas agências bancárias, uma do Itaú e outra do Banco do Brasil, no centro da Capital, tiveram os vidros de suas fachadas destruídos por pequenos grupos, que realizaram quebra-quebra.

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Contêineres foram derrubados na tentativa de bloquear a passagem de policiais do Batalhão de Choque. Quando manifestantes chegaram à Esquina Democrática, lojas da Rua dos Andradas fecharam as cortinas de ferro.

Apesar da movimentação pela área central de diversos grupos de manifestantes, durante o desfile na Avenida Loureiro da Silva não foram registrados incidentes. Manifestantes tentaram acessar o local do desfile e da dispersão, mas foram impedidos por cordões de isolamento feitos pela Brigada Militar e por integrantes da Polícia do Exército (PE).

No começo da manhã, os grupos haviam se concentrado em três pontos da cidade: no Largo Glênio Peres, na Praça Argentina e em frente à prefeitura. O grupo reunido para o 19º Grito dos Excluídos era integrado por representantes de movimentos sindicais e Pastoral da Juventude. Eles entoaram gritos contra o “monopólio da comunicação”. A principal reivindicação do grito dos excluídos é por reforma política e democratização da mídia.

Na concentração na Praça Argentina, foram vistas bandeiras do PSOL, PSTU e Cpers. O grupo apresentava causas diversas: desmilitarização da polícia, salário dos professores e passe livre. Durante a caminhada pela Avenida João Pessoa, houve princípio de tumulto.

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Mais cedo, ao revistar um grupo de skinheads, PMs encontraram cinco facas e duas soqueiras. Três homens foram detidos.