A Operação Agente Duplo, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), garantiu a condenação de sete acusados de envolvimento em um esquema de corrupção que envolvia a participação de agentes penitenciários, detentos e pessoas ligadas aos presos no Presídio Regional de Joinville.
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Somadas, as penas chegam a 49 anos e meio de prisão. A sentença foi publicada na última quarta-feira pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Joinville, Gustavo Henrique Aracheski. Foram condenados dois agentes penitenciários, um vigilante terceirizado, três detentos e a mulher de um deles.
Os funcionários não atuam mais no sistema prisional. Três dos acusados já respondiam em liberdade e vão poder recorrer da sentença ainda em liberdade. Outros quatro continuam detidos. Um oitavo acusado na denúncia do Ministério Público foi absolvido.
A investigação do Gaeco veio à tona em abril de 2012, depois que um preso conseguiu fugir do presídio escondido no porta-malas do carro de um agente penitenciário. Ao apurar o caso, os investigadores descobriram um esquema de corrupção por parte dos dois agentes penitenciários e do vigilante terceirizado em favor de detentos e pessoas ligadas ao presos.
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Foi constatado que o trio permitia a entrada de drogas e aparelhos celulares no presídio de Joinville, além de ter participação no planejamento de fugas. Segundo o Ministério Público, que apresentou denúncia contra o grupo, tudo ocorria mediante a promessa de pagamentos que chegariam a R$ 100 mil.