Sete a cada dez moradores de Santa Catarina afirmam que praticam atividades físicas ao menos três vezes por semana. É o que diz o Mapa de Risco da Saúde dos Catarinenses, divulgado pela Associação Catarinense de Medicina (ACM) em 13 de dezembro. O levantamento foi feito em todas as regiões do Estado e tem como objetivo traçar um perfil do comportamento da população, para planejar ações que possam garantir a qualidade de vida por meio de hábitos mais saudáveis.
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A pesquisa foi feita entre 24 de outubro e 18 de novembro em 98 municípios. Ao todo, 2.506 pessoas participaram da amostra.
Em relação às atividades físicas, 49% dos entrevistados praticam algum exercício. Ao comparar com o ano passado, houve uma queda de seis pontos percentuais — em 2022, 55% dos entrevistados responderam que sim na pesquisa.
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Ao levar em conta a frequência, 74% respondeu que se exercita ao menos três vezes por semana. Entre os homens, o percentual é de 69%, enquanto 76% são mulheres. Já em relação à idade, os jovens entre 18 e 24 anos são aqueles que fazem atividade física em maior frequência (77%). A pesquisa aponta, ainda, que os catarinenses se exercitam entre 30 e 60 minutos (52%).
O estudo traz ainda dados a respeito do número de pessoas que praticam atividade física por região. Neste quesito, o Vale do Itajaí se destaca com 51,1%, seguido do Sul, com 49,5%, e do Norte, com 49,2%.
“Assim, observa-se que o catarinense também não está mal no que se refere a atividades físicas, mas ainda há que se promover a maior incidência dessas, fazendo com que maiores parcelas de público venham a aderir”, diz o estudo.
Para o doutor em saúde coletiva, Leonardo Schneider, a prática de exercícios físico é importante para evitar que as pessoas entrem no “grupo de risco” e, assim, desenvolva patologias como doenças cardíacas ou depressão.
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— Nós sabemos que se a pessoa não pratica atividade física, ela vai ser grupo de risco para todos os problemas associados. Esse mesmo estudo aponta que as pessoas se sentem acomodadas, por isso, para que ela tenha mudanças completas, é preciso ter uma rotina de exercícios físicos. Com isso, dorme-se melhor, fica-se mais calmo e percebe-se o quanto a atividade física ajuda a resolver os principais problemas — salienta.
Idosos lideram consumo de verduras e legumes
O levantamento da ACM também traz informações sobre os hábitos alimentares dos catarinenses. Conforme o estudo, cerca de uma em cada cinco pessoas (22%) declararam consumir verduras e legumes cozidos em cinco dias ou mais da semana. Ao comparar o ano passado, houve queda de seis pontos percentuais: em 2022, o consumo nessa faixa etária era de 28%.
Já em relação aos crus, 50% afirmou o consumo diário, número que se manteve ao comparar com o ano passado. Os idosos lideram neste quesito, onde 63% consome de cinco ou mais dias por semana.
Além disso, o Oeste configura como a região onde as pessoas mais consomem legumes e verduras diariamente com 40,2%. Segundo a nutricionista Jéssica Zanchetta, a ligação com a agricultura familiar pode ser um fator que contribui para o índice.
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— Como a região tem bastante agricultura familiar, nós temos uma grande produção desses alimentos. A pessoa que mora no interior já tem o hábito de se alimentar com esse tipo de produto e segue com ele quando se muda para cidades maiores. Isso é muito gratificante porque sabemos que o que nos nutre e previne doenças é a comida de verdade — pontua.
O estudo traz, ainda, outros dados sobre a alimentação catarinense. No consumo de feijão, 43% afirmaram que comem o produto cinco ou mais dias por semana. Nas frutas in natura, a taxa é de 52%, sendo maior entre o público a partir de 60 anos (67%).
Porém, o suco de frutas é menor: apenas 13% consomem a bebida cinco ou mais dias da semana. Em relação aos refrigerantes e sucos artificiais, 22% consomem essas opções cinco ou mais dias por semana. Ainda, 41% declararam que nunca ou quase nunca consomem o produto.
“Pode-se afirmar que o catarinense tem, de modo geral, bons hábitos alimentares. Mas, sem dúvida, há espaço para melhorias, principalmente com a promoção do incentivo, em especial entre os mais jovens, ao maior consumo de frutas, legumes, verduras e hortaliças, especialmente crus, dos sucos de frutas naturais; e ao menor consumo de refrigerantes e sucos artificiais”, diz o estudo.
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População catarinense com excesso de peso
A pesquisa da ACM traz também dados a respeito do Índice de Massa Corporal (ICM) da população catarinense. Conforme o estudo, 37% da população está com excesso de peso (IMC entre 25 e 30). Já 35% está com IMC abaixo de 25 (peso ideal) e 28% estão com IMC acima de 30, número que indica obesidade.
Em relação a 2022, o IMC aumentou, uma vez que o percentual do público saudável diminuiu de 40% para 35% e o de obesos subiu de 23% para 28%.
Entre as pessoas com excesso de peso, 39% são homens, enquanto entre os obesos, 35% são mulheres. Ao comparar por região, a Grande Florianópolis concentra o maior número de homens obesos, com 28%, enquanto entre as mulheres, as consideradas obesas estão na região Sul e Serrana.
“O grupo de obesos, na população catarinense, é o menor (28%). Mas, este percentual é significativo e
preocupante. E é ligeiramente maior entre mulheres (31%) do que entre homens (25%). E o percentual de pessoas saudáveis (IMC abaixo de 25) é praticamente igual entre mulheres (34%) e entre homens (36%). Portanto, embora toda a população deva ser alvo de campanhas a respeito, as mulheres exigem um pouco mais de atenção”, pontua o levantamento.
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