Nesta terça-feira à tarde será lido em plenário o requerimento assinado por 11 vereadores para a abertura da CPI das PPPs, sendo que precisavam de oito. São sete assinaturas da oposição: Afrânio Boppré, Marquito e Renato da Farmácia, todos do PSOL; Marcelo da Intendência e Pedrão, ambos do PP; Vanderlei Farias, o Lela (PDT); e Lino Peres (PT).

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Também assinaram o pedido de abertura da CPI Jefferson Backer e Maikon da Costa (PSDB); Claudinei Marques (PRB); e Bruno Souza (PSB), todos da base governista. O PSDB, por exemplo, é o partido do vice-prefeito João Batista Nunes e mesmo assim os dois tucanos bancaram o apoio à CPI.

Ao ser questionada pelo repórter Leonardo Thomé sobre o caso, a assessoria de comunicação da prefeitura respondeu ainda na segunda-feira “lamentar que alguns vereadores cuja ideologia é contrária às PPPs tentem de alguma forma pôr em dúvida parcerias que trazem economia e desenvolvimento para a cidade”.

Paralelo ao discurso oficial, uma reunião de emergência foi realizadatna noite desta segunda-feira no gabinete do presidente da Câmara, Gui Pereira, com vereadores da base e secretários do governo Gean para avaliar o tamanho do estrago.

O problema é que mesmo sendo um dossiê apócrifo, o que sempre exige muita cautela, o fato político já está consolidado com o requerimento para abertura da CPI. O plenário com os 23 vereadores será soberano para decidir se a investigação avança ou morre na casca. Certamente, a votação será acompanhada por muita gente.

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Mas em nome do princípio da transparência, para evitar qualquer ilação sobre o conflito de interesses públicos versus privados e até mesmo para esclarecer eventual tráfico de influência, espera-se uma postura pró ativa do legislativo da Capital no caso, esclarecendo todos os pontos. Afinal, quem não deve, não teme.