Com mais de seis horas de duração, foi encerrada, no final da tarde desta quarta-feira, a sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). A reunião, que tinha como objetivo discutir e votar o recurso do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contra a votação do Conselho de Ética, no mês passado, que decidiu pela cassação de seu mandato, foi remarcada em decorrência da eleição do novo presidente da Casa, marcada para as 17h30.

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O presidente da CCJ, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), encerrou a reunião com a previsão de votar a matéria nesta quinta-feira, a partir das 9 horas, no plenário 1.

— Vocês não ficam envergonhados ao ver a manipulação do horário da eleição no plenário para seguir esse processo? — indagou Serraglio, ao propor o adiamento.

Ele se referia às decisões de remarcar a sessão de eleição para presidente da Câmara, inicialmente prevista para as 16h para as 19h e logo depois para as 17h30min.

O adiamento foi comemorado por aliados de Cunha, mas recebido com gritos de “vergonha” pelos parlamentares que queriam votar o recurso nesta quarta-feira.

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— Foi uma vergonha esse adiamento, todos os deputados estavam presentes e ninguém pediu essa medida — criticou Júlio Delgado (PSB-MG).