*Por Ângela Boldrini e Paulo Saldaña

A sessão da Câmara que ouviu o ministro da Educação, Abraham Weintraub, nesta quarta-feira (15), teve uma série de confusões entre deputados da base e da oposição. Durante uma confusão, parlamentares ameaçaram brigar no plenário da Casa.

Continua depois da publicidade

As deputadas Carla Zambelli (PSL-SP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ), foram contidas por seguranças. No mesmo momento, os deputados Glauber Braga (PSOL-RJ) e Éder Mauro (PSD-PA), trocavam xingamentos.

— Vamos ver se você é homem lá fora — gritava o delegado bolsonarista.

— Sai daí, fascista, nazista — gritou Ivan Valente (PSOL-SP).

Continua depois da publicidade

— Sai você, papai Noel — rebateu um deputado da base – o parlamentar da oposição, de 72 anos, tem barba branca como a do bom velhinho.

No meio, o deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA), conhecido por carregar sempre consigo uma Bíblia, levantava o livro sagrado cantando: "tá, tá, tá, o diabo tá repreendido", para a diversão de deputados do centrão que se aglomeravam em volta.

— Se cobrir isso aqui vira circo — brincou um deles, fazendo rir os demais.

A confusão começou no final da sessão, já esvaziada, em que Weintraub respondeu a questionamentos durante seis horas.

Em outro momento de gritaria, pouco depois, o vice-presidente da Casa, Marcos Pereira (PRB-SP), tentava acalmar os ânimos.

Continua depois da publicidade

— Se vocês não se comportarem, eu vou encerrar a sessão.

Antes, outra gritaria havia explodido no plenário. O deputado André Janones (Avante-MG) subiu à tribuna para falar e tentava chamar a atenção do ministro.

— Tenha um pouco mais de humildade, que o senhor está aqui para ouvir todos, não só quem está aqui para puxar o seu saco — afirmou.

Neste momento, a mesa diretora cortou o microfone do deputado, iniciando uma confusão.

O filho do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo (PSL-SP), reagiu:

— Fala logo, palhaço! Respeita o ministro, porra — gritou das fileiras de deputados.

Apesar das confusões, a sessão durou o tempo previsto, até as 21h. O ministro permaneceu na Casa durante cerca de seis horas respondendo a questionamentos em bloco feitos por deputados simpáticos ao governo e à oposição.

Veja como foi a participação do ministro na Câmara:

Leia também:

Protestos contra cortes na educação reúnem milhares em Santa Catarina

Florianópolis tem cinco horas de manifestação pacífica pela educação

Protestos pela educação: o que dizem os cartazes das manifestações em Florianópolis

UFSC só tem verbas para funcionar até agosto