O atraso provocado pela sessão iniciada às 8h55min de sexta-feira e que só se encerrou às 18h56min de sábado fará com que as falas individuais dos deputados, segunda etapa da discussão do impeachment na Câmara, se estenda até a madrugada de domingo. Iniciados às 19h deste sábado, os pronunciamentos têm duração de três minutos cada e devem ser feitos por 189 deputados.

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Para agilizar o processo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, fez um acordo com os líderes partidários. A expectativa é que os debates sejam encerrados às 5h de domingo. Pelo acordo, os líderes não vão indicar parlamentares para falar nos tempos dedicados às comunicações de liderança. Apenas os inscritos para discutir a matéria terão direito a discursar.

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Inicialmente, havia 249 inscritos para falar nesta etapa, sendo 170 favoráveis e 79 contrários. Porém, após reunião entre lideranças da oposição, foi feita a opção pela desistência de pelo menos 60 deputados pró-impeachment, para agilizar as discussões. Às 20h, a Câmara confirmou que 50 deputados já haviam desistido de falar.

A segunda etapa das discussões do impeachment começou por volta das 19h deste sábado. Durante as falas individuais, os ânimos se exaltaram em alguns momentos, com discussões e até mesmo princípio de briga entre os deputados.

De forma alternada, são chamados políticos a favor e contra o impeachment, que se inscreveram para falar ainda na sexta-feira. Ao todo, a discussão do processo de impeachment já se estende por mais de 39 horas, o que a torna a sessão mais longa da história da Câmara dos Deputados.

Neste domingo, às 14h, deve começar a votação dos 513 deputados sobre a admissibilidade do processo. Cabe à Câmara autorizar, ou não, a abertura do processo contra a presidente. Essa decisão depende do aval de 342 votos favoráveis, dois terços da composição da Câmara dos Deputados. Se o processo for aberto, o Senado será responsável por julgar a presidente Dilma.

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