Desde o início da semana, o Sesc Joinville promove o evento “1968 – 50 anos depois”, com objetivo de possibilitar a reflexão sobre os 50 anos da instauração do Ato Institucional nº 5 (AI-5), decreto assinado em 13 de dezembro de 1968 pelo então presidente Costa e Silva e considerado o início do período mais duro do regime militar brasileiro, que durou de 1964 a 1985. O AI-5 permitia que o Presidente da República decretasse a intervenção nos estados e municípios, sem as limitações previstas na Constituição; suspendesse os direitos políticos de qualquer cidadão pelo prazo de dez anos e cassasse mandatos eletivos federais, estaduais e municipais.
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Nesta quarta-feira, 25, será exibido “Tatuagem”, filme de Hilton Lacerda lançado em 2013. O drama mostra o desenvolvimento e as dificuldades de um romance entre dois homens durante o regime militar — um deles, um soldado que vive em um quartel.
Na quinta-feira, será exibido o documentário “Verdade 12.528”, de Paula Sacchetta e Peu Robles, sobre a Comissão Nacional da Verdade. Esta exibição faz parte da programação Diálogos Urgentes de Cinema 2018, que ocorre mensalmente em unidades do Sesc em Santa Catarina, com debate após o filme.
O debate será guiado por Maikon Jean Duarte, historiador e membro do Centro de Direitos Humanos Maria da Graça Bráz; Rhuan Carlos Fernandes, estudante de História da Univille e membro do movimento negro Maria Laura; Mariana Vieira Gomes, presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da OAB de Joinville; e Cynthia Pinto da Luz, assessora jurídica do Centro de Direitos Humanos Maria da Graça Bráz, de Joinville.
Na sexta-feira, artistas da cidade participam de uma mesa-redonda sobre as consequências e resistências na arte em relação ao AI-5 e ao regime. Participam a escritora Melanie Peter, a musicista Semitha Cevallos e os atores e diretores Robson Benta e Cristovão Petry.
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O evento ocorre sempre às 19 horas, no Teatro do Sesc, na rua Itaiópolis, 470. A entrada é gratuita.