Cerca de 60 servidores do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, paralisaram as atividades por uma hora na tarde desta sexta-feira em protesto as más condições de trabalhos. Alguns funcionários mantiveram os serviços durante a manifestação que ocorreu em frente ao pronto-socorro da unidade.

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A reivindicação é basicamente pela falta de climatização e falta de água gelada para os pacientes. Em reunião com a direção da unidade na tarde de quinta-feira, os servidores solicitaram algumas medidas emergenciais, que são a compra de quatro bebedouros industriais para os setores clínicos, cardíaco, cirúrgico e pronto-socorro, e climatização nas salas de exame do ambulatório e no setor clínico.

De acordo com a diretora regional do Sindicato Estadual de Saúde, Edenilda Mariano Stolf, a sobrecarga no sistema também chegou a danificar os condicionadores de ar do pronto-socorro. Segundo ela, o setor passou dois finais de semana sem climatização.

O fisioterapeuta Eduardo Lafaiette de Oliveira, ressalta que os pacientes recebem apenas duas garrafinhas de água que equivalem a um litro de água por dia.

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– O complicado é que as coisas vão se repetindo e não se resolvem – lamentou.

Novas paralisações estão previstas para acontecer nos dias 19 e 27 de fevereiro. Uma nova reunião com a diretoria também está prevista para o dia 27.

Contraponto

Por meio da assessoria de imprensa, a direção do hospital informou que três medidas serão tomadas para amenizar os problemas emergencialmente. Uma delas é a instalação de ventiladores industriais nos postos de enfermagem e mais quatro bebedouros industriais para atender funcionários, pacientes e acompanhantes.

Segundo o hospital, além das garrafinhas disponibilizadas por meio de uma empresa terceirizada, os pacientes tem acesso aos bebedouros elétricos do hospital, porém, com o forte calor, o sistema não estava resfriando o líquido.

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A terceira medida é a realocação das salas do ambulatório de cardiologia para local com refrigeração. A diretoria também prometeu que será criado um canal de comunicação com os funcionários. Uma comissão de servidores será recebida constantemente para tratar sobre os problemas do hospital.

Climatização só após reforma

Com relação a climatização, o hospital informou que os problemas serão solucionados de fato após as reformas. Com a obra, será possível refazer a rede elétrica e hidráulica para ampliar a capacidade e instalar novos equipamentos de refrigeração.

No dia sete de março serão abertas as propostas da empresas que concorreram ao processo de licitação para reformar os setores A e B, que juntos comportam 70 leitos de internação, e o setor C, que tem 28 leitos fechados por problemas na estrutura.

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O Estado garante que outros dois processos licitatórios serão lançados para reforma do centro cirúrgico e central de materiais esterilizados e para o pronto-socorro _ onde serão criados mais 20 leitos _ além dos 20 já existentes. A expectativa, bem otimista, é de iniciar todas as obras ainda este ano.