Em assembleia na manhã desta segunda-feira, os servidores públicos de Itajaí recusaram a proposta de reajuste feita pela prefeitura e decidiram manter a greve. De acordo com o sindicato que representa a categoria, um documento informando a decisão foi protocolado por volta do meio-dia. O Executivo informou que está analisando uma contraproposta e pretende se reunir com os representantes dos grevistas nesta terça-feira.

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Marcada para começar às 8h de segunda-feira, a greve dos servidores afeta principalmente o setor de educação, com fechamento de escolas e creches. Ao todo, 1.183 profissionais da área estão em estado de greve, com 82% de adesão na educação infantil, 44% no ensino fundamental e 58% no contraturno escolar.

Na saúde, 30% dos serviços foram mantidos, assim como na Codetran e no Semasa. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Cordeiros, o Pronto Atendimento (PA) do São Vicente, o Centro Médico de Referência do São Judas, a Farmácia Central, o Laboratório Municipal, o Centro de Especialidades Odontológicas e o Samu funcionam normalmente. No total, 245 servidores da saúde ficaram parados nesta segunda.

Os funcionários ficaram em tendas montadas no estacionamento da prefeitura. Ao todo, 1,6 mil servidores paralisaram as atividades pela manhã e 1.520 servidores à tarde, segundo o sindicato. Nesta terça-feira à tarde está programada uma passeata da categoria.

– Na assembleia que ocorreu às 10h o grupo não aceitou a proposta do prefeito. Fizemos um documento e protocolamos na prefeitura informando que estamos abertos para negociações. Queremos que a nossa reposição salarial seja igual ao índice inflacionário do período – explica a presidente do sindicato dos servidores públicos, Eliane Aparecida Corrêa.

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Diante da ameaça de greve, na sexta-feira o prefeito Jandir Bellini (PP) ofereceu reajuste de 4% no salário e 10,36% no vale-alimentação dos servidores. Antes disso, o prefeito havia se negado a aumentar os salários alegando o limite de responsabilidade fiscal e a queda na arrecadação. Só em fevereiro, a perda de Itajaí em ICMS foi de 8% e de 11% sobre ISS – dois dos impostos que mais impactam nos números da cidade.