Os servidores públicos municipais que vão trabalhar durante o recesso de fim de ano em serviços essenciais em Joinville anunciaram que vão entrar em greve a partir de 4 de janeiro. A decisão foi tomada após a Prefeitura dizer que não vai pagar o abono salarial do recesso para os trabalhadores.

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A estimativa do sindicato é de que cerca de 600 profissionais atuem durante o recesso deste ano e se envolvam na paralisação em janeiro. No entanto, uma greve geral também não é descartada.

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Na manhã desta sexta-feira, cerca de 200 servidores se concentraram em frente à Prefeitura em forma de protesto contra o anúncio. Representantes do Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville (Sinsej) se reuniram com o prefeito Udo Döhler para tentar negociar o pagamento do abono, mas não entraram em acordo.

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– A proposta do governo não avançou e os servidores decidiram que mantêm o estado de greve, com a decisão de fazer a greve efetivamente no retorno do recesso, em janeiro – explicou Ulrich Beathalter, presidente do Sinsej.

Segundo Bealhalter, o pagamento do abono é histórico e esta é a primeira vez em que a Prefeitura anuncia o corte para os servidores que trabalham em serviços como hospitais, PAs e abrigos.

– Estamos falando em um valor que gira em torno de R$ 2 milhões e que seria pago apenas em fevereiro.

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Em nota, a Prefeitura de Joinville afirma que respeita a livre manifestação de parte dos servidores e ressalta que as decisões tomadas no pacote de contenções são necessárias devido à situação financeira, que é considerada grave. Segundo a Prefeitura, a prioridade é garantir o pagamento dos salários dos mais de 13 mil servidores e cumprir com os compromissos financeiros.

A Prefeitura de Joinville espera o entendimento da categoria e ressalta que estará sempre aberta ao diálogo com os representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região.