Cerca de 300 servidores públicos municipais de São Francisco do Sul paralisaram as atividades na manhã desta sexta-feira. Os funcionários protestam contra o plano de cargos e carreira desenvolvido pela administração municipal, que quase foi votado durante a sessão da última quinta-feira no Legislativo da cidade litorânea. Caso não tenham revisão da proposta, eles prometem entrar em greve.

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Auxiliado por sindicatos de Itajaí e Florianópolis, os servidores começaram a manifestação em frente à sede do sindicato, às 8h, e percorreu as principais ruas do Centro, até chegar em frente à Prefeitura, gritando palavras de ordem contra o prefeito Luiz Zera (PP). Membros do governo colocaram uma câmera para filmar os manifestantes.

Na parte da tarde, os funcionários voltarão ao serviço normalmente. Na próxima quinta-feira, será feita uma assembleia para decidir se a categoria entra ou não em greve.

Segundo o sindicato, o problema começou depois que a Prefeitura encerrou as negociações com o Sindicato de Servidores Públicos de São Chico há cerca de um mês. Antes disso, eles vinham se encontrando com frequência e trabalhavam em conjunto para chegar a um plano para os 1,8 mil servidores. Com a interrupção das conversas, a Prefeitura mandou para o Legislativo o plano plurianual e ali trazia a proposta de fazer uma lei de cargo e salário em separado para cada classe de trabalhador. O sindicato reivindica que seja o mesmo plano para todos os servidores.

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– Vamos continuar as manifestações até que o prefeito aceite negociar conosco. Queremos um plano decente para todos – diz José Arauto Batista, presidente do órgão sindical.

Por sua vez, a Prefeitura de São Francisco do Sul argumenta que foi o sindicato que não quis mais discutir o plano de cargos por não aceitar que as reuniões fossem gravadas – recurso que, diz a secretaria de Comunicação, tem sido usado com frequência pela administração. Da mesma forma, segundo a Secretaria de Comunicação, o RH da Prefeitura ficará aberto nesta sexta e sábado para tirar dúvidas dos servidores sobre o plano. O governo diz que a adesão na manifestação teria sido de apenas 3,8%.

– A Prefeitura continua aberta ao diálogo. Esperávamos construir o projeto em conjunto, mas foram eles que se ausentaram da mesa de reuniões – fala Luiz Fernando Batisti, secretário de Comunicação do governo Zera.

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Por enquanto, a Prefeitura diz que manterá o projeto no Legislativo. Nos últimos anos, a administração de Luiz Zera concedeu um reajuste de 11% em 2011, de 16,33% em 2012 e a inflação de 6,77%¨este ano. Além disso, os servidores também passaram a contar com um plano de saúde.