Começa hoje a greve anunciada pelos servidores municipais na semana passada e a expectativa é de que todos os serviços municipais sofram algum impacto, principalmente os atendimentos em Centros de Educação Infantil (CEI), escolas, ambulatórios gerais e postos de saúde.
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A coordenadora geral do Sindicato Único dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Blumenau (Sintraseb), Sueli Adriano, diz que não é possível prever como será a adesão dos trabalhadores antes da assembleia que acontece hoje, a partir das 9h na praça Victor Konder, ao lado da prefeitura, para dar início ao movimento, mas uma pesquisa feita pelo sindicato apontou que a maior parte dos servidores que devem paralisar as atividades são das áreas de educação e saúde.
O governo orienta que os cidadãos entrem em contato com as unidades ou com a própria prefeitura para confirmar o funcionamento dos serviços.
Sueli afirma que a prefeitura não procurou o sindicato para novas discussões desde quinta-feira, quando foi anunciada a paralisação. Também não há ainda uma nova rodada de negociação agendada:
– O que recebemos foi um documento agora à tarde (nesta terça-feira) do governo dizendo que não tem recursos pra dar qualquer tipo de aumento. Amanhã vamos colocar para apreciação na assembleia, mas fora isso não fomos procurados.
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O secretário de Administração Carlos Schramm afirma que a prefeitura já repassou o que podia e não tem mais recursos para atender outras reivindicações salariais. Segundo Schramm, entre os pedidos atendidos estão o repasse integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 5,82% na folha de maio e um aumento de 11,53% no vale-alimentação.
O governo também iniciou o pagamento da avaliação de desempenho de 2001 para 2,3 mil servidores que têm direito ao benefício e considera ainda o crescimento vegetativo da folha de pagamento. Schramm ressalta que com todos os pagamentos que a prefeitura se propôs a administração se aproxima do limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal para o comprometimento do orçamento com a folha de pagamento, o que impede o governo de assumir mais compromissos que tenham impacto no salário dos servidores.
Entre as reivindicações não atendidas estão a reposição das perdas salarias históricas _ que de acordo com o cálculo do Sintraseb feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), chegam a 29%, mas que nos cálculos da prefeitura, baseados no INPC, giram em torno de 19% _, o aumento diferenciado de 8,32% para o Magistério e a redução da jornada de trabalho para seis horas sem alteração no salário.
– O acordo que temos é de unicidade sindical, então não tenho como dar um aumento diferenciado apenas para uma classe. Além disso, os nossos professores já ganham acima do piso nacional, mesmo com o reajuste de 8,32%. A redução da carga horária de trabalho para seis horas diárias sem diminuição do salário representaria um aumento real de 25% no salário do servidor e um prejuízo no atendimento à população, já que o horário de atendimento e serviços ao público seriam diminuídos. Quer dizer: seria uma volta ao “horário de verão”, só que durante o ano inteiro, o que o contribuinte blumenauense não aceita _ avalia o secretário.
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O QUE FAZER
A prefeitura disponibilizou telefones para informações sobre o funcionamento das unidades e sugere que a população entre em contato antes de se dirigir a algum local se houver dúsvida sobre o funcionamento. As informações tambéms erão atualizadas durante o dia no site da prefeitura (www.blumenau.sc.gov.br) e nas redes sociais (Facebook: Prefeitura de Blumenau ou Twitter: twitter.com/PrefeituraBNU).
– Centros de Educação Infantil (CEIs)
Fones: 3381-7033 ou 3381-7034
– Escolas municipais
Fones: 3381-7037 ou 3381-7039
– Ambulatórios Gerais (AGs) e postos de saúde
Fones: 3381-6056 ou 3381-6014