Os servidores municipais de Florianópolis rejeitaram por maioria absoluta a contraproposta apresentada pela prefeitura para encerrar a greve. Cerca de 3 mil pessoas participaram da assembleia realizada na tarde desta segunda-feira, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem). Para os grevistas, a proposta do governo foi considerada insuficiente apesar dos avanços no auxílio alimentação – que seria reajustado em R$ 1,50.

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Serviços básicos são afetados pela greve em Florianópolis

Segundo o presidente do Sintrasem, Alex Sandro dos Santos, a categoria quer o aumento salarial de 8% em relação ao IPCA aplicados de uma só vez – e não 6% em três parcelas, como proposto pelo governo. Os grevistas também continuam a exigir a implementação de 30% do Plano de Cargos e Carreira do Quadro Civil e dos Agentes Comunitários de Saúde. A prefeitura está propondo 20%.

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– Eles também não falaram da aplicação da hora-atividade de 40% para todos do magistério, que é um dos nossos eixos – disse Santos.

O secretário municipal de Administração, Gustavo Miroski, que lidera as negociações, afirmou que a proposta da prefeitura está no limite das possibilidades financeiras e fiscais.

– Não existe mais lastro para negociar – afirmou, acrescentando que hoje a prefeitura gasta R$ 50 milhões com os servidores e que, com a nova proposta, passaria a R$ 54 milhões.

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A secretaria está avaliando se fará uma mesa de negociação nesta terça-feira de manhã com os grevistas. Caso surja um novo acordo durante o encontro, o presidente do sindicato afirma que haverá uma nova assembleia na parte da tarde.

Mobilização

O Sintrasem estima uma adesão de 95% dos servidores da Educação, 75% na Saúde, 70% no setor de Assistência Social e 55% dos trabalhadores das Obras.