Em assembleia com cerca de 4 mil trabalhadores na Praça Tancredo Neves, no Centro da Capital, os servidores municipais de Florianópolis decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A paralisação começa nesta quarta-feira e é motivada pela falta de avanço nas negociações entre a categoria e a prefeitura.

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Depois da decisão na assembleia, os servidores seguiram em caminhada até a frente do gabinete do prefeito, onde ocorreu um ato de protesto. Os principais eixos da pauta do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) são reposição salarial, concurso público, condições de trabalho e saúde do trabalhador, previdência pública e solidária, contra as privatizações e 40% de hora-atividade para os trabalhadores do magistério. A comunicação da greve já foi protocolada na Secretaria de Administração.

— Não houve avanço em nenhuma cláusula nas três rodadas de negociações que fizemos desde janeiro. A expectativa é de grande adesão da categoria, só mantendo o atendimento em regime de plantão nos serviços de urgência e emergência, com número reduzido de profissionais — diz a diretora de comunicação do Sintrasem, Ana Cláudia da Silva.

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Servidores da prefeitura de São José entram em greve

Prefeitura considera greve ilegal

A prefeitura de Florianópolis considerou a paralisação um ato precipitado, já que ocorreram só três mesas de negociações. A Secretaria de Administração informou o poder público tomará medidas judiciais para garantir que a população não seja prejudicada.

— Consideramos a greve ilegal, porque ela não respeitou sequer os prazos legais ou a manutenção dos serviços básicos. A data-base hoje é maio, firmada por lei. Não podemos concordar com isso e vamos tomar medidas administrativas, com cortes de salários, e judiciais, já que não houve respeito à lei. É uma grande intransigência por parte do sindicato da categoria — afirma o secretário de Administração, Gustavo Miroski.