Em estado de greve desde o dia 12 de maio, servidores municipais de Criciúma decidiram realizar uma paralisação nesta segunda-feira. Cerca de 4,5 mil funcionários públicos pedem reajuste salarial de 8,3% e melhores condições de trabalho. As atividades devem ser retomadas na manhã de terça-feira.

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Ao menos 18 mil alunos de 72 colégios e creches públicos devem ser prejudicados com a interrupção dos trabalhos. Já na saúde, as 50 unidades básicas estão fechadas, e dois pronto-atendimentos 24 horas atendem somente casos de urgência e emergência. Por dia, cerca de 2 mil pessoas utilizam o serviço na cidade.

Segundo a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Criciúma (Siserp), Jucélia Vargas, a categoria aguarda uma nova reunião com o Executivo para renegociar os pontos da proposta, até as 16h30min desta segunda. Caso não haja entendimento, a greve será deflagrada em 72 horas, conforme decisão tomada em assembleia dos trabalhadores.

(Foto: Rogério Danielski / RBS TV)

Executivo municipal emite nota

No começo da noite de domingo, já ciente da mobilização marcada pelos servidores para a manhã desta segunda, o governo municipal emitiu uma nota sobre a negociação com a categoria. No texto, diz que tem trabalhado na busca do equilíbrio das contas públicas sem comprometer o bem-estar dos funcionários e nem a prestação dos serviços, e que todas as decisões na reorganização da gestão municipal têm sido pautadas pela responsabilidade de garantir a continuidade dos serviços prestados.

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No esclarecimento, a gestão municipal diz que tem atendido as reivindicações dos servidores dentro das possibilidades que garantam manter as obrigações em dia, e que nenhum direito será retirado. Segundo a administração, atender os 120 pontos elencados para discussão do acordo coletivo vai custar mais de R$ 35 milhões ao ano, e em quatro anos serão R$ 150 milhões a mais de despesas aos cofres públicos.

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