Os servidores estaduais do Porto de São Francisco do Sul, no Norte do Estado, paralisaram as atividades na madrugada desta segunda-feira. Desde a 0h os portões e o acesso de caminhões estão fechados. A categoria decidiu na última semana entrar em greve por conta da aprovação na Assembleia Legislativa e sanção do governador Raimundo Colombo do projeto de lei que tira o status de autarquia do órgão.
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Segundo o servidor do porto e membro do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual de Santa Catarina (Sintespe), Anderson Gomes, 230 pessoas trabalham no terminal. Até perto das 7h30min, não havia caminhões esperando para acessar o local.
O projeto de lei complementar rejeitado pelos trabalhadores faz com que o porto seja administrado pela SC Parcerias, o braço do governo estadual responsável pelas parcerias público-privadas. Cinco emendas ao projeto foram rejeitadas pelos deputados. Entre elas, uma que dizia que os R$ 100 milhões que estão no caixa da autarquia só poderiam ser usados para investimentos futuros.
Como a emenda não foi aprovada, o governo estadual poderá usar o dinheiro em outras pastas. A intenção do Estado é aplicar os recursos na saúde e no sistema prisional.
— O Porto de São Francisco carece de atenção do Estado. O governador vir aqui e tirar R$ 100 milhões para disseminar em obras no Estado é um negócio muito grave — criticou Gomes.
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A paralisação não tem prazo parar terminar. Os servidores esperam uma posição diferente por parte do governo.
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