Servidores do sistema prisional protestam em Florianópolis

Cerca de 20 técnicos administrativos do sistema prisional catarinense protestaram nesta terça-feira em frente à Secretaria de Justiça e Cidadania, no bairro Agronômica, em Florianópolis. A manifestação iniciou às 14h.

O setor que abrange psicólogos, pedagogos, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, instrutores e motoristas que trabalham dentro das unidades prisionais catarinenses cobra do governo um plano de cargos e salários e o retorno da gratificação lotacional — R$1.400 suspensos desde 2013.

De acordo com a assistente social do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de São José e representante do movimento dos técnicos, Beatriz Bertelli, a categoria tenta desde 2008 a implantação do plano de cargos e salários junto ao governo.

— O plano possibilita garantias trabalhistas para a classe — alega.

Segundo ela, a categoria busca igualdade perante os direitos concedidos pelo Estado aos agentes prisionais.

— O governo criou o plano de cargos e salários em 2009 só para os agentes e o revisou em 2016 para ampliar direitos. Essa revisão vai onerar o Estado em R$18 milhões neste ano. Enquanto isso nós continuamos de fora com a desculpa que não tem dinheiro — afirma Beatriz.

Em todo o Estado, são 3 mil agentes prisionais e 250 técnicos-administrativos. Em relação à gratificação lotacional suspensa, Beatriz explica que o benefício era pago pela atuação dentro das unidades prisionais, a exemplo dos agentes penitenciários.

— Os técnicos recebiam 100% do salário base e os agentes 250%. Queremos o retorno do benefício — ressalta ela. Atualmente, a média salarial do técnico-administrativo do sistema prisional chega a R$ 3 mil, que somados à gratificação, alcançaria R$4,5 mil.

Para cobrar medidas da Secretaria de de Justiça e Cidadania, a categoria anunciou estado de greve e fará manifestações semanais em frente aos órgãos públicos do governo do Estado. A assessoria de imprensa da Secretaria não retornou às ligações nem e-mail da reportagem.