Servidores do Pronto-atendimento (PA) Leste de Joinville realizaram uma paralisação na manhã desta quarta-feira contra as condições de trabalho no local. Um dos motivos que desencadeou a manifestação foi a agressão a uma colaboradora da unidade hospitalar, na noite da última segunda-feira (26), pela acompanhante de um paciente.

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Além das questões envolvendo a segurança dos funcionários, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região (Sinsej) ainda afirma que os trabalhadores do PA Leste enfrentam a superlotação no local e falta de nove medicamentos que são distribuídos em toda a rede da saúde. Já a Prefeitura informou que a situação da segurança nos PAs está sendo avaliada pela Secretaria da Saúde, para que os procedimentos internos tenham caráter preventivo, a fim de evitar os problemas aos servidores e pacientes.

Além disso, quanto aos medicamentos faltantes, o município garantiu que estão em processo de compra.

Segundo a servidora Camila Trierveiler, a agressão foi a “gota d’agua para os funcionários”, em uma situação que vem ocorrendo na unidade há algum tempo. Conforme a servidora, após informar à acompanhante do paciente que o atendimento iria demorar mais algum tempo, a enfermeira foi agredida verbal e depois fisicamente.

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– Ele já tinha passado pela triagem quando foi informado que o atendimento ainda iria demorar algum tempo devido ao alto fluxo de pacientes. A partir daí, a acompanhante passou a agredir a enfermeira, que ficou com o rosto bastante machucado – explica Kamila.

Ainda segundo o Sinsej, a unidade Leste opera com superlotação. A média de atendimento diária é atualmente de 600 pacientes. Na segunda-feira, dia em que a colaboradora foi agredida, foram atendidas 690 pessoas. A realidade ocorre ainda nos PAs Norte e Sul – que está em obras e com atendimentos reduzidos. A categoria ainda afirma que apenas 25 funcionários por turno são responsáveis por toda esta demanda. A categoria garante que na noite da agressão, por exemplo, havia apenas duas enfermeiras e dois médicos.

– Acreditamos que essa situação não é um caso isolado, mas de uma crescente revolta da população, que não encontra a estrutura adequada, medicamentos e o atendimento de suas necessidades – garante o diretor do sindicato, Edson Tavares.

Ainda em nota, a Prefeitura informou que está aberta para ouvir as demandas dos servidores municipais. “Os processos de melhorias no atendimento são realizados em conjunto com toda a equipe, para que não haja prejuízos no atendimento aos usuários”, escreveu o município.

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