Servidores do Ittran fazem paralisação nesta quinta-feira em Joinville

Os motoristas e pedestres devem redobrar a atenção no trânsito de Joinville nesta quinta. Isso porque os servidores do Instituto de Trânsito e Transporte de Joinville (Ittran) farão uma paralisação que pode comprometer alguns serviços. Se não houver um número mínimo de agentes nas ruas, o monitoramento de áreas próximas a escolas nos horários de entrada e saída de alunos e carros estacionados em locais irregulares não serão fiscalizados.

O ato está marcado para as 7 horas em frente ao Ittran, na rua 15 de Novembro. O motivo da paralisação são os prejuízos que a transformação da Conurb – autarquia municipal – em Ittran, em julho de 2012, teria acarretado aos trabalhadores. Com a mudança, passaram a ser servidores municipais.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville (Sinsej), Ulrich Beathalter, as principais reivindicações são a reposição da perda salarial que parte dos funcionários da autarquia teria sofrido com a transposição da Conurb para órgão municipal e o adicional por tempo de serviço, a que eles passaram a ter direito.

O sindicalista explica que, com a mudança, os vencimentos dos funcionários foram enquadrados na tabela da Prefeitura e teriam sofrido redução de R$ 20. Esse tipo de redução é proibida pela Constituição. Em relação ao adicional por tempo de serviço, Ulrich esclarece que após se tornarem servidores, eles passaram a ter direito a receber o aditivo a cada três anos de trabalho, o chamado triênio. O Ittran conta com cerca de 60 funcionários para dois turnos. Os servidores também queixam-se do banco de horas, que estaria descumprindo o estatuto.

Contraponto

A Prefeitura considera a greve um direito dos servidores, mas espera que um número mínimo de funcionários permaneça trabalhando para que os serviços de fiscalização não parem completamente. O município informou, ainda, que a transposição para o Ittran é garantida por lei.

– Os servidores iniciaram nova carreira, inclusive submetidos a estágio probatório de três anos, porém sem necessidade de concurso. O reenquadramento salarial foi feito tendo como referência os cargos mais próximos entre as tabelas da ex-Conurb e da Prefeitura. O triênio (6% a cada três anos) não existia na Conurb e passou a ser direito dos servidores do Ittran. O benefício do salário-alimentação pago pela Conurb também foi garantido pelo Ittran – informou a Prefeitura.