Os servidores municipais de Joinville participam nesta quarta-feira da paralisação nacional contra a reforma da Previdência. A concentração ocorrerá em frente à Sociedade Ginástica, no Centro, a partir das 9 horas, e se estenderá pelo menos até o início da tarde.
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A decisão de aderir ao movimento foi tomada por unanimidade, em assembleia dos trabalhadores, na segunda-feira. Não há uma estimativa de participação, mas algumas escolas e unidades de saúde podem trabalhar com seus quadros de funcionários reduzidos durante o dia.
De acordo com a Prefeitura, o atendimento será normal em todas as unidades municipais e, se houver necessidade, servidores serão remanejados para atender à população. O Sindicato dos Servidores (Sinsej) confirma que, na área da saúde, um número mínimo de profissionais estará nas unidades de saúde para prestar serviço ao público.
Segundo o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, a expectativa é de uma grande adesão à mobilização por parte dos servidores municipais. A principal motivação, diz ele, é que, se aprovada a reforma no Congresso, a medida vai impactar na vida dos trabalhadores.
– Esperamos uma grande participação dos servidores, em especial daqui de Joinville. Em Itapoá, por exemplo, a Prefeitura já suspendeu as aulas nas escolas durante o dia de amanhã (nesta quarta-feira) – comentou.
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O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sinte) também participa da paralisação nacional contra a reforma da Previdência. Além disso, uma assembleia extraordinária será realizada hoje, às 13h30, em Florianópolis, para discutir pautas específicas da educação, como piso salarial e abono de greve.
Conforme Thaís Tolentino, coordenadora regional do Sinte em Joinville, não está descartada a possibilidade de os professores entrarem em greve.
– Queremos tirar um termômetro da situação aqui no Estado antes de tomar qualquer decisão. Por isso, essa assembleia é tao importante – explicou Thaís, destacando que um grupo de aproximadamente 60 professores de Joinville irá à Capital.
A coordenadora do Sinte disse ainda que muitos alunos aderiram à causa em Joinville e não comparecerão às escolas nesta quarta-feira.
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O que diz a PEC 287
A proposta de emenda à Constituição (PEC) 287, encaminhada ao Congresso Nacional pelo governo Michel Temer para equilibrar as finanças da União estipula, entre outras coisas, mudanças na concessão do benefício.
O governo pretende fixar idade mínima de 65 anos para requerer aposentadoria e elevar o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos. Atualmente, não há uma idade mínima para o trabalhador se aposentar. Pelas regras em vigor, é possível pedir a aposentadoria com 30 anos de contribuição, no caso das mulheres, e 35 anos no caso dos homens.
O projeto da reforma tramita desde dezembro do ano passado no Congresso. A mobilização desta quarta-feira é uma forma de protestar contra a reforma e será encabeçada por várias categorias em todo o País.