Os servidores municipais de Florianópolis aprovaram, nesta terça-feira (30), greve por tempo indeterminado a partir desta quarta. A categoria havia decretado estado de greve quando as negociações por reajuste salarial passaram de um mês, em meados de maio.
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A decisão de paralisação ocorreu em assembleia com cerca de 5 mil pessoas após mais uma rodada de acordo frustrada, na segunda (30), conforme informou o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sitrasem). Na ocasião, a prefeitura manteve sua posição de terceirizar os serviços municipais, o que caminha contra a reinvindicação dos servidores.
Veja como os serviços impactados no primeiro dia de paralisação
A categoria pede cumprimento dos planos de carreira e valorização salarial, concurso público e não privatização e terceirização dos serviços. O grupo aguarda agora uma nova proposta da prefeitura.
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Em nota, a prefeitura lamentou a decisão dos servidores e afirmou que as negociações estavam abertas com proposta de “aumento real de salário por parte da prefeitura”, que os movimentos de greve são “considerados ilegais pela justiça”, e, por isso, a administração vai acioná-la para que os serviços não sejam paralisados de forma total. Na educação, o órgão prevê antecipar as férias escolares para que “alunos não sejam prejudicados com a paralisação”.
— O sindicato se diz contra o modelo de organização social nas UPAs [terceirização] mas prova cada vez mais a importância desse modelo de administração. É o que vamos fazer durante a greve: contratar profissionais de fora para não deixar a população sem atendimento — disse o prefeito Topázio Neto.
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