Os servidores municipais de Blumenau aprovaram, em assembleia, a contraproposta da prefeitura e deram fim ao estado de greve na tarde desta segunda-feira (21). A votação aconteceu depois da categoria rejeitar, durante a manhã, o primeiro documento apresentado pelo governo.
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Na contraproposta, a prefeitura garantiu que metade do reajuste salarial de 10,24% referente ao INPC de 2019 e 2021 virá na folha de fevereiro. A outra parte, em março. O acumulado entre o ano passado e este será repassado em dezembro de 2022 e janeiro de 2023. Os professores terão o piso nacional de R$ 3.900 a partir de maio.
As principais diferenças na contraproposta estão nesses dois pontos. Inicialmente a administração havia oficializado a intenção de esperar uma definição legal sobre a aplicação do novo piso do magistrado, aprovado pelo governo federal. Além disso, pagaria o reajuste inflacionário de 10,24% na folha de março. Agora, ficou acordado que as mudanças entram em vigor em um período mais curto.
A primeira assembleia aconteceu pela manhã, quando os servidores rejeitaram o documento levado ao sindicato na sexta-feira passada, dia 18. A prefeitura então disse que apresentaria uma contraproposta ainda nesta segunda. Representantes patronais e dos trabalhadores se reuniram e, depois das 15h, a nova resposta foi discutida em outra votação, quando a maioria decidiu pôr fim ao impasse.
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Impasse
As reivindicações dos servidores municipais ganharam um novo capítulo neste ano, depois que a categoria entrou em greve no último dia 7, em uma tentativa de adiantar as negociações da data-base, previstas para maio.
Funcionou.
Naquela segunda-feira de volta às aulas, o primeiro dia da greve, uma reunião entre os representantes e a prefeitura suspendeu a paralisação horas depois dela começar. Na conversa, foi estipulado o cronograma das três reuniões para negociação das cláusulas econômicas. Um dia depois da última delas, nesta quinta-feira (17), a prefeitura apresentou a proposta, que foi criticada pelo sindicato.

À época, a prefeitura estipulou que o reajuste de 10,24% resultaria em R$42 milhões ao ano aos cofres públicos. Com as alterações, o impacto financeiro subiu para R$ 50 milhões. Além disso, a folha de pagamento terá um impacto de aproximadamente R$30 milhões anuais com a contratação de mais de 500 professores para o cumprimento do 1/3 da hora-atividade.
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