Servidores do Abrigo Infanto Juvenil e da Casa Abrigo Viva Rosa de Joinville, ligados à Secretaria de Assistência Social do Município, prometem paralisar os trabalhos por 24 horas, a partir da manhã desta terça-feira, em protesto contra o aumento de carga horária que será exigido de parte da categoria.

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Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville (Sinsej), uma decisão da Prefeitura mudará a escala do grupo de trabalhadores dos serviços de alta complexidade da Assistência Social: em vez de cumprirem 12 horas de trabalho por 60 horas de descanso, os servidores terão de fazer uma escala de 12 por 36 horas.

As mudanças entram em vigor no próximo dia 1º de setembro. Segundo o Executivo, trata-se de uma adequação para regularizar a atual escala. Em nota divulgada pelo Sinsej nesta segunda-feira, o vice-presidente do sindicato, Tarcício Tomazoni Júnior, reprovou a medida.

-Ao invés de elaborar um projeto de lei para regulamentar o atual horário, ela (Prefeitura) prepara um com uma carga maior – critica.

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Em contato com a reportagem, educadores sociais que serão impactados pela nova carga horária reforçaram que os plantões exigem contato diário com situações de violência e estresse. Uma escala maior de trabalho, defendem, traria danos psicológicos aos servidores e prejudicaria a atuação.

Ainda conforme o Sinsej, o Estatuto dos Servidores define uma jornada máxima de 44 horas, não mínima. No Hospital Regional Hans Dieter Schmidt e na Maternidade Darcy Vargas, aponta o sindicato, é cumprida escala de 12 por 60 horas.

Prefeitura se posiciona

Em comunicado enviado nesta segunda-feira à imprensa, a Prefeitura informou que a Assistência Social, com base em determinação legal e orientada pela Secretaria de Gestão de Pessoas, cumpre a exigência de fazer valer na prática a carga horária de trabalho para os cargos de educadores e cozinheiros que atuam no Abrigo Juvenil e na Casa Viva Rosa, de 12 horas de trabalho por 36 de descanso.

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A orientação, diz a Prefeitura, atende o cumprimento da jornada integral de 220 horas de trabalho por mês do servidor municipal.

-A Secretaria de Assistência Social espera a compreensão dos servidores para que cumpram essa determinação, a qual segue a exigência da lei que rege esse serviço público – finaliza o comunicado.