Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) iniciaram, nesta segunda-feira (4), greve por período indeterminado, com a qual pedem reajuste salarial de 19,9%, entre outras reivindicações da categoria.
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A UFSC conta hoje com cerca de 3 mil servidores da categoria, com uma maioria ocupando cargo de assistente em administração e atuando no campus de Florianópolis.
Um terço deles são enfermeiros e médicos que trabalham no Hospital Universitário (HU), que devem manter suas atividades mesmo com a greve por elas serem consideradas essenciais, segundo a administração hospitalar.
“Considerando, ainda, que o afastamento de trabalhadores sem planejamento adequado pode acarretar danos irreversíveis a pacientes e à prestação de assistência à saúde, a instituição informa que vai aguardar o impacto da paralisação para avaliar a necessidade de medidas judiciais”, comunicou a gestão do HU.
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Ao menos até sábado (2), em contato com a reportagem, o Sindicato de Trabalhadores em Educação das Instituições Públicas de Ensino Superior do Estado de Santa Catarina (Sintufsc), que deflagrou a greve, não possuía estimativa de adesão. Em novo contato dois dias depois, a entidade afirmou que se manifestaria em coletiva de imprensa na manhã desta terça (5).
A data de início da paralisação é a mesma para a qual a instituição já previa a retomada completa do trabalho presencial, planejamento que foi mantido, segundo a UFSC reiterou à reportagem — vale lembrar que funcionários de atividades essenciais não aderiram à modalidade à distância durante a pandemia.
A administração da UFSC também aguarda a chegada de novos estudantes no próximo dia 18, quando serão iniciadas as aulas da graduação, que corresponde à maioria dos alunos da universidade, do primeiro semestre letivo de 2022 — o calendário referente ao ano passado acabou se estendendo até março deste ano.
Os servidores grevistas também prevêem uma agenda presencial nesta semana, mas de mobilização. A greve foi deflagrada na quarta-feira (30) pelo Sintufsc, que afirma não haver recomposição salarial para a categoria há sete anos.
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O cálculo de reajuste, no entanto, se refere apenas à inflação acumulada nos últimos três anos, segundo o sindicato, que diz ser inviável para os trabalhadores da categoria conciliarem os ganhos atuais com a alta geral dos preços no país.
O Sintusfc também defende, entre outras pautas, a manutenção do valor do passe para servidores no Restaurante Universitário (RU) e a possibilidade de trabalho remoto para pessoas do grupo de risco para a Covid-19.
O movimento dos servidores também trata de temas amplos em suas reivindicações, como a contrarieade à reforma administrativa prevista na PEC 32/2020 e a revogação do teto de gastos do governo federal.
A reportagem aguarda resposta do Ministério da Educação sobre as demandas pedidas pelos servidores grevistas e se há expectativa de negociação.
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