Em assembleia na tarde desta quarta-feira, os servidores municipais de Florianópolis aprovam a paralisação imediata de todos os serviços. A categoria exige que o prefeito Gean Loureiro retire o projeto que autoriza a prefeitura a contratar organizações sociais, enviado em regime de urgência para a Câmara de Vereadores na sexta-feira.
Continua depois da publicidade
O Sindicato dos Servidores afirma, em nota, que “o modelo já experimentado em outras cidades e no estado, é um desastre no atendimento e abre brecha para desvios do dinheiro público com recorrentes denúncias de irregularidades e fraudes.”
A prefeitura alega que está impedida, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, de chamar servidores efetivos ou abrir concurso público. Por isso, condiciona a abertura da UPA do Continente, que está pronta, e de oito creches em construção à contratação de organizações sociais. Além disso, argumenta que o custo de operar a U|PA ou creches via OS é inferior ao da administração direta.
A prefeitura emitiu uma nota oficial em que “lamenta a mobilização do Sindicato dos Trabalhadores Municipais por uma greve totalmente ilegal, já que não traz nenhum motivo plausível para paralisação. O projeto de lei meramente autorizativo está em debate na Câmara de Vereadores, e segue modelo federal, aprovado no governo da presidente Dilma Rousseff, e modelo estadual. Os municípios vizinhos, São José e Biguaçu, também utilizam o modelo e que funciona muito bem. Por que só Florianópolis não pode?”
A nota distribuída pela assessoria de imprensa diz que “paralisar os serviços reforça ainda mais a posição da prefeitura de rediscutir o modelo de contratação, já que mais uma vez a população fica refém de um sindicato. Não aprovar o projeto Creche e Saúde Já também significa prejudicar a população, já que todos têm urgência na abertura da UPA Continente e de novas vagas em creches.”
Continua depois da publicidade