Em assembleia na tarde desta quarta-feira (11), os trabalhadores do serviço público municipal de Florianópolis aprovaram paralisação por tempo indeterminado. Conforme o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), a greve é contra o projeto de Organização Social (OS) na Capital, protocolado na última sexta na Câmara dos Vereadores, e só terminará quando o prefeito Gean Loureiro (PMDB) retirar o texto.
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Cerca de 5 mil servidores participaram da assembleia, de acordo com o Sintrasem. A categoria deve ir até o gabinete do prefeito para comunicar Gean da decisão. O projeto, que tramita em caráter de urgência urgentíssima na Câmara, prevê a implantação de Organizações Sociais no controle de serviços públicos na Capital. O sindicato avalia que o modelo “é um desastre no atendimento” e que abre brecha para desvios de dinheiro público.
A prefeitura se manifestou por meio de nota, lamentando a mobilização, considerando a greve ilegal e indicando que não pretende retirar o projeto da Câmara. Confira na íntegra:
“A prefeitura lamenta mais uma vez a mobilização do Sindicato dos Trabalhadores Municipais por uma greve totalmente ilegal, já que não traz nenhum motivo plausível para paralisação. O projeto de lei meramente autorizativo está em debate na Câmara de Vereadores, e segue modelo federal, aprovado no governo da presidente Dilma Rousseff, e modelo estadual. Os municípios vizinhos, São José e Biguaçu, também utilizam o modelo e que funciona muito bem. Por que só Florianópolis não pode? Paralisar os serviços reforça ainda mais a posição da prefeitura de rediscutir o modelo de contratação, já que mais uma vez a população fica refém de um sindicato. Não aprovar o projeto Creche e Saúde Já também significa prejudicar a população, já que todos têm urgência na abertura da UPA Continente e de novas vagas em creches. Essa dita ‘briga’ do sindicato, não é com a Prefeitura e nem com o prefeito. Essa briga é contra a população, que suplica pela imediata abertura da UPA 24h no Continente e de mais creches para zerar a fila de crianças que estão na espera por vagas.“
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