Duas assembleias de funcionários públicos em campanha salarial estão marcadas para esta terça-feira em Florianópolis. Primeiro, servidores da prefeitura da capital e da Comcap se reúnem na praça Tancredo Neves. À noite é a vez dos trabalhadores do transporte público da Região Metropolitana. Ambos podem entrar em greve já na quarta-feira.
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Entre os itens da pauta de reivindicações do sindicato dos servidores municipais (Sintrasem), está o pagamento da inflação do INPC acumulada (4,08%), reajuste do vale alimentação e o pagamento de reajustes e promoções atrasadas, além da convocação de aprovados nos concursos públicos.
— Está sendo votada na Câmara a reposição de 4.08% para prefeitos, vereadores, CCs e funcionários da Câmara. O sindicato não é contra, porque reposição da inflação está na Constituição. Mas por que para os funcionários da prefeitura a resposta é não? — questiona Alex Santos, presidente do Sintrasem.
A Prefeitura informou em nota que diante do cenário financeiro atual e da Lei de Responsabilidade Fiscal fica impedida de conceder o reajuste pedido. Disse que mantém a disposição de diálogo com a categoria, “nas diversas reuniões realizadas em maio e junho buscando atender aos pontos das reivindicações que não tenham impacto financeiro”.
O sindicato também entrou com uma ação na Justiça contra a marcação de falta injustificada durante a paralisação de 28 de abril. No começo do ano, greve dos servidores municipais de Florianópolis durou 28 dias.
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Transporte público
Os trabalhadores das empresas de transporte público de Florianópolis já estão em estado de greve, e decidem nesta terça-feira se paralisam as atividades à zero hora de quarta-feira.
Diretor do sindicato das empresas de ônibus de Florianópolis (Setuf), Roger Silva informa que já houve até agora oito reuniões entre empresários e trabalhadores, o que prova que as empresas estão dispostas a negociar. No entanto, ele não revelou os reajustes negociados.
— O processo negocial está acontecendo, não tenho como adiantar nenhum tipo de proposta, até para não atrapalhar as negociações. A gente tem esperança de que no transcorrer do dia teremos um acordo.
O sindicato dos trabalhadores do transporte público (Sintraturb) encaminhou ao Ministério Público do Trabalho uma proposta para que a frota circule com 100% da capacidade com a catraca liberada.
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— Assim os usuários não seriam prejudicados e somente os reais responsáveis serão afetados — argumentou Deonísio Linder, secretário de comunicação do sindicato.
No entanto, essa proposta está fora de cogitação pelos empresários, a não ser que a prefeitura arcasse com os custos da catraca livre.
Confira as informações do repórter Luciano Almeida, pela CBN Diário: