Cerca de 30 servidoras da Secretaria de Assistência Social de Joinville, que atuam no abrigo Infanto Juvenil e na Casa Viva Rosa não concordam com o aumento da jornada de trabalho. Como trabalham com serviços de alta complexidade, pois as entidades atendem mulheres vítimas de violência e jovens cujos direitos foram violados, elas sentem-se esgotadas pelo desgaste psicológico da função e pelas longas escalas de 12 horas. A carga horária que até então era de 12 por 60 horas, passará para 12 por 32 horas a partir de segunda-feira.

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Após duas paralisações de 24 horas que ocorreram nas últimas semanas, as servidoras decidiram procurar o prefeito Udo Döhler no gabinete dele, no final da tarde desta quinta-feira. Acompanhadas do vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos (Sinsej), Tarcísio Tomazoni Júnior, elas foram recebidas pelo assessor de gabinete, Afonso Fraiz.

O assessor se comprometeu a marcar uma audiência com o prefeito assim que ele retornar de uma viagem à Alemanha, na semana que vem. As servidoras concordaram em esperar. Segundo o sindicato, Fraiz também prometeu conversar com o secretário de Assistência Social, Bráulio Barbosa, para suspender o aumento na carga horária até o encontro com o prefeito.

Ele afirmou que irá conversar com o secretário de Assistência Social, Bráulio Barbosa, para que a carga horária continue a mesma até lá.

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– Nos sentimos invisíveis para o governo – reclamou uma das servidoras que preferiu não ser identificada.

Além do aumento da carga horária, elas estão insatisfeitas com as condições de trabalho que, segundo elas, são precárias e pela falta de funcionários para dar conta do atendimento.

Conforme o sindicato da categoria, o governo também pretende retirar do projeto de lei sobre os acordos da greve a gratificação de alta complexidade para estas trabalhadoras.

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