A decisão sobre uma possível greve dos servidores de Joinville será colocada em votação na próxima segunda-feira, às 9 horas, em um ato de paralisação da categoria em frente à Prefeitura. A mobilização foi combinada nesta terça-feira, numa assembleia do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinsej), que rejeitou a contraproposta do Município nas negociações salariais.
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A votação foi realizada no plenário lotado da Câmara de Vereadores. Como o presidente do sindicato, Ulrich Beathalter, sugeriu que o restante da semana fosse reservado a conversas com os demais servidores para organizar o cronograma de uma eventual greve, somente 11 servidores votaram a favor da paralisação imediata ontem. A rejeição à proposta do Executivo, no entanto, foi unânime.
-O tempo do prefeito acabou. Acabou a nossa paciência. O que pedimos é tempo para que cada servidor engajado possa conversar com seus colegas de trabalho e a direção do sindicato tenha tempo de mobilizar uma presença em grande número na Prefeitura-, anunciou Ulrich.
A decisão do sindicato, diz Ulrich, será comunicada nesta quarta-feira à Prefeitura. Até segunda-feira, segundo o presidente, a categoria aguarda que o Município sinalize alguma proposta que tenha condições de evitar a greve anunciada.
Além de pedirem o reajuste pela inflação (5,62%) mais o ganho real de 8% em seus salários, os servidores públicos pedem a equiparação do valor do vale-alimentação ao que é pago na Cia Águas de Joinville (R$ 473,00) e extensão do benefício a todos os servidores.
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A Prefeitura, por outro lado, oferece a reposição da inflação em cota única – em anos anteriores, o reajuste dos salários foi feito em parcelas – e o reajuste do vale-alimentação em 20%, passando dos atuais R$ 195,30 para R$ 234,36 e um idêntico percentual sobre a base de corte, passando de R$ 2,4 mil para R$ 2.880.