Uma servidora da prefeitura de Santa Rosa de Lima, no Sul de Santa Catarina, foi afastada por suspeita de ter usado dinheiro do Fundo de Saúde Municipal para pagar a compra de uma motocicleta. O caso é investigado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Além disso, o município também abriu uma sindicância para avaliar a conduta da mulher.
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De acordo com o processo, a mulher comprou o veículo de outra pessoa, parcelando em três vezes nos valores de R$ 4.500, R$ 4.050 e R$ 4.700. O pagamento foi feito por meio de transferências bancárias da conta da Prefeitura Municipal ao vendedor. O caso foi descoberto após a instauração de uma Notícia de Fato, pela 1ª Promotoria de Justiça de Braço do Norte, para apurar irregularidades na contratação e pagamento de uma empresa, além da suspeita de enriquecimento ilícito da servidora.
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O pedido de afastamento foi feito pelo MP e aceito pela Justiça. Ele teve como base a Lei de Improbidade Administrativa, que prevê a possibilidade de afastamento do agente público do cargo, emprego ou função. A medida ocorre quando é necessária para a instrução processual ou para evitar a prática de novas ilicitudes.
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— Como evidenciado até então, existem robustos indícios de que a servidora se utiliza do cargo para locupletar-se da coisa pública, enriquecendo-se ilicitamente ao desviar verbas que seriam aplicadas em prol do Fundo Municipal de Saúde, demonstrando absoluta incompatibilidade moral e despreparo para o exercício do cargo de contadora da Municipalidade, sendo premente o seu afastamento cautelar do serviço público, sob pena de permitir-se a perpetuação das condutas ímprobas e ilícitas, e para que não venha a frustrar a investigação em curso — relata a Promotora de Justiça Luísa Niencheski Calviera.
Ainda segundo a promotoria, ela segue sendo investigada por outra suposta fraude contra a administração pública.
Em nota, a prefeitura informou que, apesar da gravidade da denúncia, o fato não trouxe prejuízo aos serviços e que está colaborando com as investigações. Além disso, alega que uma sindicância foi aberta para apurar a conduta da mulher, que trabalha desde 2012 na cidade.
Por fim, o executivo disse que ela segue como funcionária “até que responda a Processo Administrativo Disciplinar e esse processo conclua pela sua demissão, garantindo a ela ampla defesa e contraditório”.
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Confira a nota na íntegra:
“A respeito de notícia divulgada pelo Ministério Público de Santa Catarina sobre afastamento cautelar de servidora pública acusada de apropriação de recursos da Saúde, a Administração Municipal de Santa Rosa de Lima vem a público esclarecer que:
- apesar da gravidade da denúncia, a situação investigada não acarreta, de forma alguma, em prejuízo aos serviços e atendimentos prestados à população na área da Saúde;
- que desde o início da denúncia, a Administração Municipal colabora com as apurações, tanto do Ministério Público quanto do Tribunal de Contas do Estado, garantindo amplo acesso a documentos e informações pertinentes ao caso;
- que, administrativamente, desde março, uma Comissão de Sindicância, formada por três servidores efetivos e estáveis, também investiga o caso internamente.
Por fim, ressalta-se que todo o caso ainda se encontra em sua fase inicial de apuração pelos órgãos de controle, não cabendo à Administração Municipal, neste momento, tomar qualquer decisão ou posicionamento precipitados antes de concluída toda a investigação e que, caso seja comprovada ilegalidade, que o responsável, ou responsáveis, sofra as consequências da lei“.
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