A Divisão de Inteligência do Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional (NIS) do Tribunal de Justiça de Santa Catarina conseguiu resgatar ontem uma servidora do Poder Judiciário que estava desaparecida desde fevereiro do ano passado. Ela foi encontrada em um cubículo no bairro Vila Operária, em Itajaí, onde foi mantida em cárcere privado pelo próprio namorado.
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A servidora atuava como técnica judiciária auxiliar no fórum de Itajaí. Em janeiro do ano passado, ela entrou em férias e após o período não retornou ao trabalho. A direção do foro comunicou, então, o fato à presidência do TJ, que acionou o NIS para iniciar investigações sobre o paradeiro da servidora. A partir daí foram cumpridos todos os passos, que incluíram interceptação telefônica, quebra de sigilo bancário e busca e apreensão entre outras ações. As investigações seguiram até agosto de 2018 e foram suspensas por falta de informações sobre o caso.
Em entrevista ao Notícia na Manhã, a juíza Carolina Ranzolin Nerbass Fretta explicou que o casal é viciado em drogas. O namorado da vítima foi preso pela equipe do NIS e está em Itajaí; ela foi encaminhada para o Instituto Psiquiátrico de São José, onde seguirá internada.
Na terça-feira, um morador de uma casa próxima ao cubículo onde a servidora e o namorado permaneceram nos últimos tempos entregou à juíza Sônia Moroso, da comarca de Itajaí, uma carta manuscrita pela vítima na qual ela pedia ajuda. A servidora teria sido manipulada pelo próprio namorado, que a fez acreditar que precisava ficar escondida, pois estaria sendo perseguida pela polícia e políticos. A família da servidora, que é natural de Maravilha, no oeste do Estado, já foi informada e deve encontrá-la ainda hoje.
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